Na atual frota de Longa Duração, há dois modelos com sistema de chave presencial: o Chevrolet Cruze e o Nissan Kicks. Nas missões diárias, não raramente, a gente se vê em situações de necessidade de troca rápida de motorista.
Foi num caso desse que descobrimos uma característica incomum no Cruze: no caso de a pessoa sair do carro com a chave no bolso, ele tolera o religamento do motor.
O designer Fabio Paiva combinou um uso revezado do Cruze com o colaborador Silvio Gioia: “Nem vou estacionar. A gente se encontra, você pega o carro e vai para o seu compromisso”, disse Fabio. E assim foi feito.
Sem se dar conta de que a chave havia ficado com o amigo, Silvio foi para sua missão. “Quando apertei o botão e desliguei o motor, ouvi o sinal sonoro e o alerta no painel informando a não detecção da chave. Meio que por instinto, pressionei novamente a tecla de partida e me surpreendi, pois, ao contrário do que pensava, o motor ligou.”
De acordo com a Chevrolet, essa permissão é concedida quando o religamento é feito em até cinco minutos – depois disso, só com a chave na cabine. O mesmo ocorre com o Ford Fusion, que inclusive continua rodando normalmente caso a chave seja jogada pela janela com o carro em movimento.
A experiência com o Cruze, porém, nos levou a pesar os prós e contras do sistema.
Não dá para negar que, no nosso caso, os cinco minutos de tolerância ajudaram, mas poderia ter sido diferente. Por exemplo, se por distração o motorista mantiver a chave no bolso ao deixar o Cruze com um manobrista de restaurante, o carro, depois de estacionado, ficará aberto e permitirá que qualquer um entre e dê a partida.
O problema é que muitos estabelecimentos param os carros de seus clientes na rua. Portanto, o Cruze é bom para quem, como a gente, costuma fazer uso compartilhado, mas pode trazer dor de cabeça no uso mais comum, o individual.
A discussão do tema na redação finalizou com uma opinião: bom mesmo é o sistema convencional, como o do Kicks, que, além de um aviso enorme no painel, aciona a buzina assim que a chave é detectada. No nosso caso, se fosse o Kicks no lugar do Cruze, Sílvio nem sequer teria saído sem antes pegar a chave com Fabio.
Chevrolet Cruze – 34.027 km
Consumo
- No mês: 7,1 km/l com 70,3% de rodagem na cidade
- Desde out/16: 8,4 km/l com 19,9% de rodagem na cidade
- Combustível: etanol
Gastos no mês
- Combustível: R$ 622
Ficha técnica
- Versão: LTZ 1.4T
- Motor: 4 cil., diant., transv., 1.399 cm3, 16V, flex, 153/150 cv a 5.200/5.600 rpm, 25,5/24 mkgf a 2.000/2.100 rpm
- Câmbio: aut., 6 marchas