
O estilo custom invade as pequenas cilindradas. As econômicas também podem exibir rebeldia, como a Dafra já havia mostrado com a Kansas e a Suzuki, com a Intruder 125, ambas inegáveis sucessos de público. A Kasinski continua a diversificar sua gama de produtos e lança a Mirage 150, compartilhando com as concorrentes diretas a reluzente decoração e a origem chinesa.
Esta “cento e cinquentinha” esbanja cromo, e o “brilhantismo” contrasta com a pintura em preto fosco do motor, do quadro e do escape. Ela incorpora os principais signos custom, como pedaleiras avançadas e guidão bem curvo e próximo do piloto. O banco tem dois níveis, com boa espuma, mas é um pouco cansativo – o limitado espaço impede qualquer opção de acomodação (a famosa “ajeitada”). Para o garupa, o espaço é estreito, embora o sissy-bar ajude na posição e proporcione maior segurança.
As rodas são de liga leve e seus 12 palitos são o ponto alto no exuberante visual da pequena moto. Os detalhes cromados de painel, farol e piscas e na tampa de combustível – que traz embutido o marcador de ponteiro – complementam o visual icônico de moto custom, com uma pitada de ar retrô.
No que diz respeito à tocada, o monocilíndrico de 13,4 cv faz o possível: não chega nem a ser preguiçoso e tampouco é vigoroso. Alguma vibração se faz sentir, mas também não é nada exagerado, ao contrário, se mantém em nível compatível com o projeto.
As suspensões seguram a onda: neste primeiro encontro, não chegaram a tocar o fim de curso nenhuma vez, o que ocorre com certa frequência em boa parte das demais motos chinesas pequenas. Os freios, com um bom disco à frente, parecem equilibrados.
Entre as custom de menor cilindrada (Kansas e Intruder), a Mirage 150 é a mais imponente e chamativa.
VEREDICTO
Opção de entrada, simples e acessível, para quem quer uma custom pequena.