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Hyundai Veloster: relembre o primeiro teste do carro de três portas

Polêmico do design à motorização, o hatch-cupê Veloster

Por Péricles Malheiros
Atualizado em 15 ago 2020, 11h16 - Publicado em 15 ago 2020, 09h00
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  • Além da imaginação

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    Polêmico do design à motorização, o hatch-cupê Veloster estreia no Brasil

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    (Marco de Bari/Quatro Rodas)

    Segurança, conforto, economia, emissão de poluentes. Nenhum desses fatores tem tanto peso na decisão de compra de um automóvel quanto o design. A Hyundai e seu designer, Peter Shreyer, sabem bem disso. O catálogo da fábrica exibe automóveis de linhas marcantes o suficiente para proporcionar longas filas de espera a cada lançamento, como ix35, Sonata e Elantra. Mas, nessa história de usar as formas para seduzir, o Veloster é insuperável.

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    Nem a carroceria com duas portas à direita e uma à esquerda é páreo para a profusão de vincos, volumes e depressões. À venda desde setembro, as primeiras unidades foram entregues a seus donos em outubro.

    (Marco de Bari/Quatro Rodas)

    Foi com uma delas, do veterinário Luis Resende Junior, que rumamos para nossa pista de testes, em Limeira, uma vez que a Caoa, importadora oficial da marca, afirmou não ter nenhuma unidade do Veloster disponível para ser avaliada em pista.

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    Não estranhe a boca negra na dianteira: “Na verdade, essa parte central do para-choque é da cor da carroceria. Coloquei o adesivo preto para acentuar a cara de mau”, diz Resende. O Veloster do nosso leitor é a versão topo de linha, de 82900 reais, com rodas aro 18 e teto solar. Há outras duas, mais simples, ambas com rodas aro 17, sem e com teto solar, e que custam, respectivamente, 75700 e 80900 reais.

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    (Marco de Bari/Quatro Rodas)

    Exagerado para uns e ousado para outros, o fato é que ninguém consegue ficar indiferente ao Veloster. “Todo mundo olha. Na estrada, vi outros motoristas acelerando para emparelhar e fazer fotos com o celular”, diz Resende. Mas os números de pista mostram que os espectadores nem precisaram acelerar muito para alcançar o novo Hyundai.

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    Refém da expectativa criada pelo estilo, o Veloster decepciona quem espera desempenho compatível com a agressividade do visual. Tomando por base os 140 cv de potência divulgados pela Caoa, foi frustrante ver o hatch-cupê registrando números na pista piores que os do antigo Kia Cerato a gasolina, testado em outubro de 2009.

    (Marco de Bari/Quatro Rodas)

    Mais leve (1.170 contra 1.248 kg), mais potente (divulgados 140 contra 126 cv) e com câmbio automático mais moderno (seis contra quatro marchas), o Veloster contrariou as expectativas e foi pior que o sedã na aceleração de 0 a 100 km/h (12,8 e 12,4 s), retomadas 40-80, 60-100 e 80-120 km/h (5,8/7,2/10,2 ante 5,6/7/9,5 segundos) e frenagens de 120/80/60 km/h a 0 (64,9/29,7/17,6 contra 57,1/ 25,5/14,8 metros).

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    Apesar de os números de desempenho contrariarem as expectativas, não houve compensação no consumo de combustível: os testes de Veloster e Cerato a gasolina indicaram exatamente os mesmos 10,5 km/l na cidade e 13,9 km/l na estrada.

    (Marco de Bari/Quatro Rodas)

    Carro para quatro

    Mais para desfilar que para atender quem busca um modelo de comportamento esportivo, o Veloster recebe seus convidados com bom nível de acabamento. Atrás, há espaço para apenas duas pessoas, mas elas precisarão andar com as costas eretas para não esbarrar a testa na moldura transversal do teto solar panorâmico.

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    Identidade da marca, o painel traz no centro difusores de ar verticais, mas felizmente a marca providenciou um sistema de áudio cujo display é multifuncional (reúne as informações de rádio e ar-condicionado) e colorido, bem diferente da ultrailuminada (e cansativa) tela azul adotada em quase todos os Hyundai, inclusive no recém-lançado Elantra.

    (Marco de Bari/Quatro Rodas)

    Os pneus de perfil baixo (215/40 R18) da versão topo de linha comprometem o conforto: mesmo discretas emendas de asfalto chegam à cabine. A direção elétrica é eficiente: rápida, combina leveza extrema nas manobras e aumento progressivo de peso indexado à velocidade, para melhorar a dirigibilidade e, por consequência, a segurança.

    Somam-se ao volante leve sensores de estacionamento e câmera de ré – embutida na maçaneta da tampa, abaixo do H da Hyundai. Esse trio busca facilitar a tarefa de manobrar o Veloster, uma vez que o desenho da traseira prejudica muito a visibilidade.

    (Marco de Bari/Quatro Rodas)

    “Duvido que esse 1.6 tenha 140 cv, como consta no documento”, diz Resende. A desconfiança, compartilhada com outros proprietários (veja Autodefesa, na pág. 154), pode colocar o Veloster numa estrada tão sinuosa quanto suas próprias curvas. Procurada, a Caoa disse que iria analisar o questionamento sobre a potência do motor, mas a resposta não foi dada até o fechamento desta edição.

    Veloster – R$ 75.700 básico. Completo, com teto solar e rodas aro 18, sobe para 82900 reais.

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    Direção, freio e suspensão – Destaque para a assistência elétrica da direção, leve nas manobras e com boa progressividade.

    Motor e câmbio – O motor não parece ter os 140 cv divulgados pela Caoa. O câmbio de seis marchas tem funcionamento ágil, suave e silencioso.

    (Marco de Bari/Quatro Rodas)

    Carroceria – Mais do que uma carroceria repleta de recursos estilísticos, o Veloster mostra montagem esmerada e materiais de qualidade.

    Vida a bordo – Bom nível de equipamentos, comandos ao alcance das mãos, painel completo e de fácil leitura, bancos e volante com múltiplos ajustes.

    Segurança – ABS de última geração, airbags frontais, laterais e do tipo cortina, alarme, câmera e sensor de ré formam o pacote de segurança do Veloster.

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    Seu bolso – O calor do lançamento fez com que o preço subisse muito, saltando dos 72000 reais cobrados na pré-venda para atuais 82900 reais, considerando a versão topo de linha. Caro para um modelo cuja esportividade das linhas passa longe do motor.

    (Marco de Bari/Quatro Rodas)

    Veredicto

    Quem não se incomoda em parar o casamento ao estacionar o carro na frente da igreja encontra no Veloster o parceiro ideal. Mas as emoções com ele estão muito mais ligadas à estética que ao prazer ao dirigir.

    Publicado em dezembro de 2011

    Teste – Hyundai Veloster 1.6 16V

    Desempenho

    0-100 km/h (s) – 12,8
    0-1 000 m (s) – 34,3

    D 40 a 80 km/h (s) – 5,8
    D 60 a 100 km/h (s) – 7,2
    D 80 a 120 km/h (s) – 10,2
    Velocidade máxima (km/h) – n/d

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    (Marco de Bari/Quatro Rodas)

    Frenagem
    120/80/60 km/h a 0 (m) – 64,9 / 29,7 / 17,6

    Ruído interno
    PM/RPM máx. (dBA) – 33,9 / 63,8
    80/120 km/h (dBA) – 58,5 / 65,7

    Velocidade real a 100 km/h (km/h) – 95

    (Marco de Bari/Quatro Rodas)

    Consumo cidade (km/l) – 10,5
    Consumo estrada (km/l) – 13,9
    Capacidade do tanque/autonomia (l)/(km)- 50 / 695

    Ficha técnica

    Motor: diant., transv., 4 cil., 16V, 1 591 cm3
    Potência: 140 cv a 6 300 rpm
    Torque: 16,1 mkgf a 4 850 rpm
    Diâmetro x curso: 77 x 85,4 mm
    Taxa de compressão: 10,5:1
    Câmbio: aut. seq. / 6 marchas / tração dianteira
    Direção: elétrica / 2,8 voltas
    Suspensão: Dianteira: independente, McPherson / Traseira: eixo de torção
    Freios: disco ventilado (diant.) / disco sólido (tras.)
    Pneus: 215/40 R18 (opc.)

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