Os utilitários esportivos roubam espaço de todos segmentos. As maiores baixas, porém, estão entre os sedãs médios, fenômeno que motivou este comparativo. Reunimos aqui sete SUVs modernos e desejados com preços abaixo da versão top (2.0 Altis, a R$ 110.990) do sedã mais vendido do país, o Toyota Corolla.
Chevrolet Tracker, Hyundai Creta, Jeep Compass e Suzuki Vitara são recém-chegados às lojas. Honda HR-V, Jeep Renegade e Nissan Kicks são os best-sellers do mercado. E ainda tem o novo Renault Captur, que não havia sido disponibilizado para testes. Se você é o típico comprador de sedãs médios, existe grande chance de ficar balançado por um dos SUVs mostrados aqui. Duvida? Então, acompanhe os resultados das avaliações a seguir.
7° – Jeep Renegade Limited 1.8
Foi difícil colocar o Renegade na lanterna do comparativo. Mas em se tratando de um segmento efervescente e tão competitivo, nem mesmo a última posição é demérito algum. Duvida da força do Renegade? Ao menos até agora, ele é o único cujo número de vendas dão condições reais de enfrentar o HR-V.
O design quadradão e temperado com peças estilosas é, sem dúvida, uma das grandes forças deste SUV. Da grade com sete aberturas típicas da marca às lanternas com lente em X, o Renegade é um modelo genuinamente descolado – mais até que o seu irmão maior, o Compass, que você encontrará um pouco mais adiante. O acabamento com montagem e materiais típicos de categorias superiores (como o painel emborrachado, por exemplo) é outro ponto forte.
Com o valor limite deste comparativo (os R$ 110.990 do Corolla Altis), dá para você levar para casa a versão Limited do Renegade, que custa R$ 97.990. Ainda se mantendo dentro do teto de preço, poderá adicionar o Kit Segurança (com airbags laterais, de cortina e de joelho para o motorista), de R$ 3.250, e o Kit Tecnologia (com detector de veículos em pontos cegos dos retrovisores e kit multimídia com GPS e tela de 6,5 polegadas), de R$ 4.978.
Mas nem tudo são flores. Ainda que tenha incorporado boas mudanças na linha 2017, o 1.8 flex segue oferecendo ao SUV uma sofrível relação entre desempenho e consumo. O tamanho do porta-malas também joga contra: com apenas 273 litros, é o menor (por boa margem) do comparativo. Para quem exige eficiência ao rodar e espaço para bagagens, o Renegade definitivamente é o menos indicado aqui.
Teste de pista (com gasolina)
- Aceleração de 0 a 100 km/h: 14,4 s
- Aceleração de 0 a 1.000 m: 35,4 s
- Retomada de 40 a 80 km/h (em D): 6,1 s
- Retomada de 60 a 100 km/h (em D): 8,1 s
- Retomada de 80 a 120 km/h (em D): 10,4 s
- Frenagens de 60 / 80 / 120 km/h a 0: 18,2 / 31,7 / 75 m
- Consumo urbano: 9,6 km/l
- Consumo rodoviário: 12 km/l
Ficha técnica – Jeep Renegade Limited 1.8 flex
- Motor: flex, diant., transv., 4 cil., 1.747 cm3, 16V, 139/135 cv a 5.750 rpm, 19,3/18,8 mkgf a 3.750 rpm
- Câmbio: automático, 6 marchas, tração dianteira
- Suspensão: McPherson (diant. e tras.)
- Freios: discos ventilados (diant.) / sólidos (tras.)
- Direção: elétrica
- Rodas e pneus: liga leve, 225/55 R18
- Dimensões: comprimento, 423,2 cm; largura, 179,8 cm; altura, 170,5 cm; entre-eixos, 257 cm; peso, 1.440 kg; porta-malas, 273 l; tanque, 60 l
- Garantia: 3 anos
- Revisões (três primeiras): R$ 1.951
- Seguro: R$ 4.809
- Preço: R$ 97.990
6° – Suzuki Vitara 4Sport 4×2
Eis o mais esportivo dos utilitários esportivos aqui reunidos. Sem a obrigação de oferecer a versatilidade do sistema flex, o motor 1.4 turbo do Vitara – movido apenas a gasolina – forma um par perfeito com o câmbio automático de seis marchas.
Exagero? Para acelerar de 0 a 100 km/h, por exemplo, este foguetinho japonês disfarçado de SUV precisa de apenas 8,3 segundos, um tempo bem menor que os 9,4 do Tracker, o outro SUV deste combate que conta com motor 1.4 turbo.
Mas o grande destaque do Suzuki é unir esse desempenho empolgante a um nível de consumo de combustível igualmente impressionante. Enquanto o Vitara registrou 14,4 km/l na cidade e 17,6 km/l na estrada, o Kicks, segundo mais econômico do comparativo, apontou, respectivamente, 10,9 e 14,4 km/l. O Compass, pior de todos em consumo, fez 8 e 11 km/l.
Mas ainda que ultracompetente na pista, o Vitara não foi além do sexto lugar do comparativo. Os motivos principais são apenas (mas determinantes) dois: ele é caro e pequeno.
Ainda que carregue um bom pacote de equipamentos, com sete airbags, couro e borboletas no volante, por exemplo, o Vitara, com seus 4,18 metros de comprimento) tem menos porte até do que o Renegade (4,23 m), o segundo mais curto do grupo. Não à toa, a cabine é uma das mais apertadas dos SUVs convocados.
O seguro, de acordo com o levantamento da Bidu Corretora, custa salgados R$ 5.302 e, para piorar, a cesta com três revisões também está entre as mais caras do grupo.
Teste de pista (com gasolina)
- Aceleração de 0 a 100 km/h: 8,3 s
- Aceleração de 0 a 1.000 m: 29,5 s
- Retomada de 40 a 80 km/h (em D): 3,6 s
- Retomada de 60 a 100 km/h (em D): 4,5 s
- Retomada de 80 a 120 km/h (em D): 5,9 s
- Frenagens de 60 / 80 / 120 km/h a 0: 15,4 / 26,3 / 60,4 m
- Consumo urbano: 14,4 km/l
- Consumo rodoviário: 17,6 km/l
Ficha técnica – Suzuki Vitara 4Sport 4×2
- Motor: gasolina, diant., transv., 4 cil., 1.373 cm3, 16V, turbo, 146 cv a 5.500 rpm, 23,5 mkgf a 1.700 rpm
- Câmbio: automático, 6 marchas, tração dianteira
- Suspensão: McPherson (diant.) / eixo de torção (tras.)
- Freios: discos ventilados (diant.) / sólidos (tras.)
- Direção: elétrica
- Rodas e pneus: liga leve, 215/55 R17
- Dimensões: comprimento, 417,5 cm; largura, 177,5 cm; altura, 161 cm; entre-eixos, 250 cm; peso, 1.170 kg; porta-malas, 375 l; tanque, 47 l
- Garantia: 3 anos
- Revisões (três primeiras): R$ 1.638
- Seguro: R$ 5.302
- Preço: R$ 107.990
5° – Jeep Compass Longitude 2.0 flex
O Compass é o SUV de maior porte do comparativo e, em razão disso, é ele que oferece o espaço interno mais amplo para as pessoas, enquanto seu porta-malas está entre os de maior capacidade. Além disso, ao lado do Renegade, o Compass também é o dono do melhor padrão de acabamento.
Apesar de ter banco de couro somente como opcional, enquanto nos rivais esse revestimento é de série, o Compass exibe painel emborrachado, com detalhes em plástico que imitam metal, e peças perfeitamente encaixadas, sem sobras, rebarbas ou desalinho.
Sua vida a bordo é complementada por uma lista de equipamentos generosa com ar-condicionado dual zone com saídas traseiras, central multimídia com GPS e câmera de ré e piloto automático, entre outros itens.
Ao volante, o Jeep também agrada, no que diz respeito às respostas da direção e da suspensão. Seu comportamento parece ideal para ex-donos de Corolla. Ele só não é perfeito porque, no desempenho, o Compass fica aquém do desejável.
Com o tempo de 12,3 segundos, nas provas de 0 a 100 km/h, ele foi o segundo mais lento do comparativo, superando apenas o Renegade, com 14,3 segundos. E, para piorar, o Compass também obteve as piores médias de consumo, na comparação com os rivais.
Por fim, pesou para o Compass Longitude ficar em quinto lugar seu preço sugerido e os demais custos. Oferecido a R$ 109.990, ele encosta na versão mais luxuosa do Corolla, a Altis, que sai por R$ 110.990. E nessa tocada, gera as maiores despesas com seguro e revisões.
Teste de pista (com gasolina)
- Aceleração de 0 a 100 km/h: 12,3 s
- Aceleração de 0 a 1.000 m: 33,5 s
- Velocidade máxima: 192 km/h
- Retomada de 40 a 80 km/h (em D): 5,3 s
- Retomada de 60 a 100 km/h (em D): 6,8 s
- Retomada de 80 a 120 km/h (em D): 8,7 s
- Frenagens de 60 / 80 / 120 km/h a 0: 17 / 28,7 / 67,5 m
- Consumo urbano: 8 km/l
- Consumo rodoviário: 11 km/l
Ficha técnica – Jeep Compass Longitude 2.0 flex
- Motor: flex, diant., transv., 4 cil., 1.995 cm3, 16V, 166/159 cv a 6.200 rpm, 20,5/19,9 mkgf a 4.000 rpm
- Câmbio: automático, 6 marchas, tração dianteira
- Suspensão: McPherson (diant. e tras.)
- Freios: discos ventilados (diant.) / sólidos (tras.)
- Direção: elétrica
- Rodas e pneus: liga leve, 225/55 R18
- Dimensões: comprimento, 441,6 cm; altura, 163,8 cm; largura, 181,8 cm; entre-eixos, 263,6 cm; peso, 1.541 kg; porta-malas, 410 l; tanque, 60 l
- Garantia: 3 anos
- Revisões (três primeiras): R$ 2.013
- Seguro: R$ 8.603
- Preço: R$ 109.990
4° – Honda HR-V 1.8 EXL
Quando chegou em 2015, o HR-V tinha a missão de bater o Ford EcoSport, o líder do segmento. Agora, que conquistou o primeiro lugar nas vendas, é a vez do HR-V enfrentar os concorrentes.
Assim como o Eco em 2015, o HR-V já é um veterano do mercado. O lado positivo disso é que o HR-V se beneficia da boa imagem que construiu graças às soluções técnicas, como a modularidade dos bancos, e a boa reputação dos serviços de pós-venda, que herdou da Honda.
O lado negativo é a perda do encanto típico das novidades e também a consolidação de eventuais falhas. Entre os defeitos, há aqueles que a fábrica consertou, como a aplicação de tecido nas laterais das portas que foi substituído por material que imita couro. E os que permanecem como uma má formação congênita, como o console elevado que, apesar de esteticamente inovador, prejudica a ergonomia, dificultando o acesso às tomadas USB e auxiliar e ocupando um espaço na altura das pernas do motorista que poderia estar livre.
Neste comparativo, o rendimento do HR-V se situou apenas na média dos concorrentes, tanto nas provas de desempenho quanto nas medições de consumo. Em relação aos equipamentos, o Honda ficou devendo recursos presentes nos rivais como start-stop, luzes de posição com leds e sensor de pressão dos pneus.
Na ponta do lápis, o HR-V tem custo de manutenção entre os menores, enquanto o valor do seguro ficou na média do segmento. E mesmo não sendo tão bem equipado assim, seu preço está entre os mais altos do comparativo: R$ 102.600.
Teste de pista (com gasolina)
- Aceleração de 0 a 100 km/h: 11 s
- Aceleração de 0 a 1.000 m: 32,3 s
- Retomada de 40 a 80 km/h (em D): 5,1 s
- Retomada de 60 a 100 km/h (em D): 5,8 s
- Retomada de 80 a 120 km/h (em D): 7,4 s
- Frenagens de 60 / 80 / 120 km/h a 0: 15,6 / 25,8 / 60,3 m
- Consumo urbano: 10,4 km/l
- Consumo rodoviário: 13,1 km/l
Ficha técnica – Honda HR-V 1.8 EXL
- Motor: flex, diant., transv., 4 cil., 1.747 cm3, 16V, 139/140 cv a 6.300 rpm, 17,4/17,3 mkgf a 5.000 rpm
- Câmbio: CVT, 7 marchas, tração dianteira
- Suspensão: McPherson (diant.) / eixo de torção (tras.)
- Freios: discos ventilados (diant.) / sólidos (tras.)
- Direção: elétrica
- Rodas e pneus: liga leve, 215/55 R17
- Dimensões: compr., 429,4 cm; altura, 158,6 cm; largura, 177,2 cm; entre-eixos, 261 cm; peso, 1.270 kg; porta-malas, 431 (+6 de porta-objetos) l; tanque, 51 l
- Garantia: 3 anos
- Revisões (três primeiras): R$ 1.113
- Seguro: R$ 5.255
- Preço: R$ 102.600
3° – Nissan Kicks SL 1.6 16V
Em agosto de 2016, o então estreante Kicks estrelava a capa de QUATRO RODAS encarando outros seis concorrentes. Naquele comparativo, dissemos: “O equilíbrio levou o Kicks à vitória”. Desde então, muita coisa mudou no segmento mais concorrido do mercado. Agora, o SUV da Nissan fica em um honroso terceiro lugar, tendo ainda na dose justa de virtudes e limitações a sua grande força.
Custando R$ 91.900, o Nissan Kicks é o mais barato deste embate, dono do seguro mais em conta (R$ 3.789), o segundo maior em comprimento (perde só para o Compass) e o segundo mais econômico (perde para o Vitara).
Seu porta-malas, com 432 litros, também pode ser anunciado como o campeão, uma vez que para chegar aos 437 litros do HR-V, a Honda inclui na conta os 6 litros de porta-objetos localizados abaixo da tampa do assoalho.
No pacote de equipamentos, o Kicks SL também é equilibrado. Encanta pelo sistema multicâmeras, que confere ao motorista visão total de toda a região periférica do SUV, auxiliando as manobras. Por outro lado, decepciona ao deixar de fora itens praticamente obrigatórios até nos SUVs mais básicos, como um simples apoio de braço central na dianteira e piloto automático.
Os mesmos altos e baixos são vistos no acabamento: o couro é muito bem aplicado no painel e nos bancos, mas a pintura dos puxadores internos das portas, muito frágil, risca fácil.
No fim, o Kicks perdeu (por pouco) para a ótima relação de desempenho e consumo do Tracker e pelo bom custo-benefício do Creta.
Teste de pista (com gasolina)
- Aceleração de 0 a 100 km/h: 11,9 s
- Aceleração de 0 a 1.000 m: 34,1 s
- Velocidade máxima: 175 km/h
- Retomada de 40 a 80 km/h (em D): 5 s
- Retomada de 60 a 100 km/h (em D): 7,1 s
- Retomada de 80 a 120 km/h (em D): 9 s
- Frenagens de 60 / 80 / 120 km/h a 0: 15,5 / 28,7 / 63,5 m
- Consumo urbano: 10,9 km/l
- Consumo rodoviário: 14,4 km/l
Ficha técnica – Nissan Kicks SL 1.6 16V
- Motor: flex, diant., transv., 4 cil., 1.598 cm3, 16V, 114/114 cv a 5.600 rpm, 15,5/15,5 mkgf a 4.000 rpm
- Câmbio: automático, 6 marchas, tração dianteira
- Suspensão: McPherson (diant.) / eixo de torção (tras.)
- Freios: disco ventilado (diant.) / tambor (tras.)
- Direção: elétrica
- Rodas e pneus: liga leve, 205/55 R17
- Dimensões: compr., 429,5 cm; largura, 176 cm; altura, 159 cm; entre-eixos, 261 cm; peso, 1.142 kg; porta-malas, 432 l; tanque, 41 l
- Garantia: 3 anos
- Revisões (três primeiras): R$ 1.417
- Seguro: R$ 3.789
- Preço: R$ 91.900
2° – Chevrolet Tracker 1.4 LTZ2
Faltou muito pouco para o Tracker vencer. Seu principal ponto forte é a relação custo-benefício. Seu preço é um dos mais baixos (só perde para o do Kicks) e, como a versão avaliada é a completa LTZ2, ele é um dos mais equipados. O Tracker traz alerta de ponto cego, start-stop (desliga o motor quando o carro para), teto solar, central multimídia MyLink e assistência remota OnStar, de série.
A vantagem continua no custo das revisões de fábrica e no preço do seguro, despesas que se situam entre as mais baratas na comparação com as dos rivais. Além do aspecto econômico, porém, o Tracker tem outros atributos.
Um deles é o visual atualizado na linha 2017, com o SUV adotando o novo padrão estético da marca por fora, na dianteira, e por dentro, no painel. Outro é o novo motor. No lugar do antigo 1.8 flex de 144 cv, entrou o moderno 1.4 Turbo flex de 153 cv.
Essa troca gerou eficiência e deixou o carro mais gostoso de dirigir, apresentando mais agilidade do trânsito. O tempo de aceleração, de 0 a 100 km/h, caiu de 12,2 segundos para 9,4 segundos. E embora a média de consumo urbano tenha se mantido em 10,4 km/l, a rodoviária subiu de 13 km/l para 14 km/l.
O Tracker perdeu pontos pelo acabamento empobrecido (usa plástico de qualidade inferior) e pelo fato de ser o único com ar-condicionado analógico. Mas sua falta mais grave foi não ter controle eletrônico de estabilidade (ESP), item de segurança importante, principalmente num veículo com centro de gravidade elevado, caso do SUV. Não fosse isso, poderia ter vencido.
Teste de pista (com gasolina)
- Aceleração de 0 a 100 km/h: 9,4 s
- Aceleração de 0 a 1.000 m: 31 s
- Retomada de 40 a 80 km/h (em D): 4 s
- Retomada de 60 a 100 km/h (em D): 5 s
- Retomada de 80 a 120 km/h (em D): 6,8 s
- Frenagens de 60 / 80 / 120 km/h a 0: 16,9 / 29,2 / 67,5 m
- Consumo urbano: 10,3 km/l
- Consumo rodoviário: 14 km/l
Ficha técnica – Chevrolet Tracker 1.4 LTZ2
- Motor: flex, diant., transv., 4 cil., turbo, injeção direta, 16V, 1.399 cm3, 153/150 cv a 5.200/5.600 rpm, 24,5/24 mkgf a 2.000 rpm
- Câmbio: automático, 6 marchas, tração dianteira
- Suspensão: McPherson (diant.) / eixo de torção (tras.)
- Freios: disco ventilado (diant.) / tambor (tras.)
- Direção: elétrica
- Rodas e pneus: liga leve, 215/55 R18
- Dimensões: compr., 425,8 cm; altura, 167,8 cm; largura, 177,6 cm; entre-eixos, 255,5 cm; peso, 1.413 kg; porta-malas, 306 l; tanque, 53 l
- Garantia: 3 anos
- Revisões (três primeiras): R$ 1.240
- Seguro: R$ 4.948
- Preço: R$ 92.990
1° – Hyundai Creta Prestige 2.0
Vitorioso, o Creta estreia com o pneu dianteiro direito. À exceção do consumo de combustível elevado, sobretudo na cidade (8,2 km/l), onde só conseguiu se sair melhor que o Compass (8 km/l), o Creta é dono de uma ficha (técnica, de testes, equipamentos e qualidades) com registros positivos acima da média.
Tanto em porte como em espaço interno, o modelo da Hyundai parece ter sido projetado por engenheiros com um olho no Kicks e outro no HR-V. Em qualquer um dos três SUVs de origem asiática, passageiros e bagagem viajam com oferta de espaço muito parecida – mas a modularidade da cabine do Honda HR-V, com bancos escamoteáveis, ainda é ímpar.
Dentre os SUVs com motor aspirado, o Creta é dono da melhor aceleração de 0 a 100 km/h: 10,8 segundos. Ao volante, mescla a sensação de solidez do Renegade à pegada (capacidade de ganhar e retomar velocidade) do HR-V.
No pacote de equipamentos, o Creta Prestige pode até não ter o providencial auxílio da câmera 360 graus do Kicks (tem, como os demais rivais, apenas uma, na traseira), mas também ostenta seus mimos exclusivos. Em dias de calor intenso, o motorista se beneficia do sistema de ventilação do banco, com três velocidades.
Na análise da vida após a compra, a garantia de cinco anos – ante a de três dos demais – é o grande destaque do Hyundai. Para melhorar, o valor total das suas três primeiras revisões (R$ 1.348) é o terceiro menor do grupo. O preço do seguro (R$ 4.218) é igualmente bom, perdendo só para o do Kicks (R$ 3.789).
Se no comparativo anterior – envolvendo as versões intermediárias Renegade Limited 1.8, HR-V EX 1.8 e Creta Pulse 2.0 – o Honda acabou levando a melhor por ínfima margem, neste aqui a versão topo de linha Prestige do Hyundai fez valer seu custo-benefício e se sagrou vencedora.
Teste de pista (com gasolina)
- Aceleração de 0 a 100 km/h: 10,8 s
- Aceleração de 0 a 1.000 m: 32,1 s
- Retomada de 40 a 80 km/h (em D): 4,4 s
- Retomada de 60 a 100 km/h (em D): 5,8 s
- Retomada de 80 a 120 km/h (em D): 7,4 s
- Frenagens de 60 / 80 / 120 km/h a 0: 16,7 / 28,3 / 64,3 m
- Consumo urbano: 8,2 km/l
- Consumo rodoviário: 12,7 km/l
Ficha técnica – Hyundai Creta Prestige 2.0
- Motor: flex, diant., transv., 4 cil., 1.999 cm3, 16V, 166/156 cv a 6.200, 20,5/19,1 mkgf a 4.700 rpm
- Câmbio: automático, 6 marchas, tração dianteira
- Suspensão: McPherson (diant.) / eixo de torção (tras.)
- Freios: disco ventilado (diant.) / tambor (tras.)
- Direção: elétrica
- Rodas e pneus: liga leve, 215/60 R17
- Dimensões: comprimento, 427 cm; largura, 178 cm; altura, 163,5 cm; entre-eixos, 259 cm; peso, 1.399 kg; porta-malas, 431 l; tanque, 55 l
- Garantia: 5 anos
- Revisões (três primeiras): R$ 1.348
- Seguro: R$ 4.218
- Preço: R$ 99.490
Veredicto QUATRO RODAS
O segmento está em erupção e, não por acaso, a alta competitividade se refletiu num dos comparativos mais parelhos que já fizemos. Hoje, na faixa de preço entre R$ 90 mil e R$ 110 mil, o melhor é o Creta. Mas até quando?