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Comparativo: estreante, Honda City hatch enfrenta o líder Chevrolet Onix

Estreando na versão hatch, o Honda City enfrenta o Chevrolet Onix, que é o líder do segmento por seis anos consecutivos

Por Guilherme Fontana Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
23 fev 2022, 12h00
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  • City x Onix
    Modelos de mesmo segmento, mas com propostas diferentes (Fernando Pires/Quatro Rodas)

    Em uma de suas manobras mais arriscadas no Brasil, a Honda decretou o fim do aclamado Fit para colocar, em seu lugar, o inédito City hatch. Conceitualmente, um não tem nada a ver com o outro, a começar pela carroceria monovolume, do Fit, e a hatchback, do City. Assim, a Honda abandona um lugar de tradição e sucesso para embarcar em um segmento nunca antes explorado.

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    Por aqui, o City hatch chega para brigar com ninguém menos que o carro mais vendido do Brasil por seis anos consecutivos, o Chevrolet Onix, e os coadjuvantes da categoria, Volkswagen Polo e Toyota Yaris (este recém-renovado).

    City
    City traz visual mais arredondado e personalidade (Fernando Pires/Quatro Rodas)

    Para recepcionar o estreante, convocamos o líder Onix para um comparativo. Polo e Yaris também foram chamados, mas as fábricas não possuíam unidades atualizadas para testes e, por isso, ficaram de fora.

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    Nivelamos os modelos por preços. O Onix é exatamente o que você vê aqui, na versão Premier II, de R$ 102.340. Já o City considerado é o de entrada, EXL, que custa R$ 114.200. A unidade das imagens é da versão Touring, única disponível para testes e que sai por R$ 122.600

    Onix
    Onix exibe design de estilo sóbrio e genérico (Fernando Pires/Quatro Rodas)

    As diferenças entre os hatches começam no visual e nas dimensões. Menor, o Onix é dono de uma aparência mais sóbria e discreta, com faróis e lanternas pequenos e traços mais retilíneos. As rodas são de 16 polegadas. Já o City quer chamar atenção com seu formato mais arredondado, e os faróis e lanternas espichados.

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    Assim como no rival, ele também traz faróis halógenos com projetores, luzes diurnas e lanternas de led, e rodas de 16 polegadas – no Honda, elas são diamantadas e, por isso, parecem menores do que realmente são.

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    City
    Espaço traseiro do City é melhor do que no Onix (Fernando Pires/Quatro Rodas)

    Por falar em dimensões, o City é 18 cm maior no comprimento e 5 cm no entre-eixos. Na altura, a diferença é de pouco mais de 2 cm. As medidas mais generosas do City se refletem no espaço interno, especialmente no banco traseiro, que leva ocupantes sem aperto algum. Inclusive, curiosamente, o City hatch é mais espaçoso do que o sedã.

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    Além disso, ele ainda herda o sistema de modularidade dos bancos do Fit, para tentar não deixar os fãs do modelo desamparados. Entretanto, o porta-malas do Onix é consideravelmente maior, com 303 litros de capacidade, contra 268 l do Honda. É preciso dizer que os ocupantes traseiros do Onix não conseguirão cruzar as pernas, mas também não ficarão apertados.

    Onix
    No GM os ocupantes têm menos espaço, mas eles também não irão apertados (Fernando Pires/Quatro Rodas)

    Mais do que dimensões, a grande diferença entre os modelos está nos conjuntos mecânicos. Cada um aposta em uma receita própria e cabe ao comprador decidir qual lhe agrada. Lançando mão de mais recursos tecnológicos, o Onix tem motor 1.0 turbo flex de 116 cv de potência e 16,8/16,3 kgfm de torque (etanol/gasolina), sempre com câmbio automático de seis marchas.

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    Já o City é mais conservador e preferiu não se render ao turbo, mas uma atualização do motor 1.5 aspirado, que passou a ter um novo cabeçote com duplo comando de válvulas variável, injeção direta e tuchos hidráulicos.

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    City
    Porta-malas do City é menor, segundo a fábrica (Fernando Pires/Quatro Rodas)

    Ele ganha em potência em relação ao hatch da GM, com 126 cv, mas perde no torque, com 15,8/15,5 kgfm (etanol/gasolina). Seu câmbio é automático do tipo CVT, com sete marchas simuladas.

    Em nossos testes, feitos com gasolina, o Onix se consagrou como dono do melhor desempenho do comparativo. O Chevrolet foi de 0 a 100 km/h em 10,7 segundos, contra os 11,3 segundos obtidos pelo Honda. As retomadas do Onix também foram mais rápidas, com vantagens perto de 1 segundo em cada passagem.

    Onix
    No Onix, apesar do menor espaço interno, o porta-malas é maior (Fernando Pires/Quatro Rodas)

    No consumo, porém, há maior equilíbrio. Na cidade, o City levou a melhor, com a média de 13,4 km/l, ante 11,8 km/l do Onix. Na estrada, as posições se inverteram, mas com uma superioridade mínima para o Onix. No ciclo rodoviário as médias foram 17,4 km/l para o City, e 17,9 km/l para o Onix.

    Além de números, a mecânica de cada um resulta em comportamentos dinâmicos muito diferentes. O Onix apresenta uma ótima vocação urbana por ter uma direção muito leve e ágil no trânsito.

    City
    City EXL tem o mesmo motor 1.5, mesmas rodas aro 16 e as mesmas lanternas da versão topo, mas os faróis são halógenos com projetores (Fernando Pires/Quatro Rodas)

    Ele tem boas acelerações, mas que podem se tornar desconfortáveis pela falta de cerimônia do turbo, sempre pronto a prestar seus serviços. Depois de um pequeno intervalo entre o acionamento do pedal e a resposta do motor, o turbo aparece e faz um efeito chicote nos ocupantes. Divertido, porém incômodo.

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    A suspensão do Onix também pode não ser unânime, já que é mais firme do que a do City e do próprio Onix Plus, a configuração sedã. Por um lado, ajuda em estabilidade e dá uma pegada mais esportiva, mas faz os ocupantes sentirem as imperfeições do solo e ouvirem o trabalho dos amortecedores.

    Onix
    Onix aposta na modernidade do motor turbo e tem belas rodas. Os faróis são halógenos, mas as lanternas são de led (Fernando Pires/Quatro Rodas)

    No City, o comportamento é inverso. A motorização aspirada preza pela suavidade no funcionamento, principalmente quando unido ao câmbio CVT. As acelerações e retomadas são graduais, apesar do maior nível de ruídos emitidos pela transmissão. A suspensão vai pelo mesmo caminho e foca no conforto dos passageiros, ao contrário do criticado rodar duro das antigas gerações do City.

    Buscando equilíbrio

    Entrando nos carros fica nítido que o City está um degrau acima do Onix em acabamento. Em relação ao visual, é curioso notar que os modelos trocam de posição quando se trata de ser ousado e conservador. O City adota um estilo mais sóbrio, enquanto o Onix busca ser mais moderninho.

    City
    Interior do City demonstra que está um degrau acima do Onix em qualidade de acabamento, com visual e materiais mais refinados (Fernando Pires/Quatro Rodas)

    No que diz respeito ao acabamento, o Honda exibe materiais que mostram qualidade superior, mesmo quando são plásticos rígidos. E não há apenas plástico em sua cabine: o painel e as portas recebem revestimento que imita couro, além de apliques prateados e em preto brilhante. O volante também passa sofisticação pelo aro grosso, como em um BMW.

    No Chevrolet, os materiais são visivelmente mais simples, com plásticos rígidos e de pior qualidade percebida, mesmo com um aplique central com textura e cor diferente. O apoio de braço nas portas dianteiras recebe material emborrachado que imita couro, assim como os bancos.

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    CITY
    O City é o único com tela digital colorida no quadro de instrumentos, mas a central multimídia tem 8 polegadas, como no concorrente (Fernando Pires/Quatro Rodas)

    Porém, por falar nos bancos, eles são mais estreitos que os do City e têm o encosto embutido, sinal de que a fábrica economizou nesse aspecto, na hora do projeto.

    As listas de equipamentos são parecidas. Ambos têm ar-condicionado digital automático, partida do motor por botão, câmera de ré, sensores de estacionamento traseiros, acendimento automático dos faróis, central multimídia com Android Auto e Apple CarPlay sem fio, piloto automático, ESP e seis airbags.

    Onix
    A cabine tem um visual moderno, mas a maior simplicidade em relação ao City é evidente, mesmo com a faixa central em bege (que também pode ser em cinza) (Fernando Pires/Quatro Rodas)

    A única exclusividade do City está no quadro de instrumentos, que reúne mostrador analógico e tela de 7 polegadas de alta definição, que finalizam o refinamento interno. Porém, o Onix abre vantagem oferecendo itens que não estão presentes nem mesmo na versão mais cara do City, como monitoramento de pontos cegos (no City Touring há apenas a câmera lateral direita), carregador de celulares por indução e assistente de estacionamento automático.

    Os sensores de estacionamento dianteiros, estes presentes no City mais caro, também fazem parte do Onix na configuração Premier II.

    ONIX
    Só o Onix vem com carregador de celular por indução, mas quadro de instrumentos é modesto (Fernando Pires/Quatro Rodas)

    Mais um ponto positivo para o Onix vem dos custos. O valor total das revisões até 60.000 km sai R$ 543 a menos: R$ 4.096, contra R$ 4.639 no City. Para levar os modelos para casa, a diferença é de R$ 12.140.

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    Enquanto o City hatch foca em maior refinamento visual e de acabamento, espaço para os passageiros e suavidade no funcionamento, o Onix deixa a sofisticação de lado e se esforça para ser mais equipado, ter melhor desempenho e mais espaço para as bagagens.

    Além disso, é mais barato. Talvez o City se saia melhor diante de Polo e Yaris, mas, por entregar mais por menos, nas versões consideradas, o Chevrolet Onix ganha o comparativo.

    Veredicto

    O City enche os olhos por ser mais refinado no visual e na direção. Porém, o Onix entrega mais no desempenho e na lista de itens de série, custando bem menos na compra e na manutenção.

    Testes – Quatro Rodas

    ONIX CITY
    Aceleração 0 – 100 km/h 10,7 s 11,3 s
    Aceleração 0 a 1.000 m 32,64 s – 161,2 km/h 32,96 / 163,3 km/h
    Velocidade Máxima não divulgada não divulgada
    Retomadas
    D 40 a 80 km/h 4,5 s 5,4 s
    D 60 a 100 km/h 5,3 s 6,6 s
    D 80 a 120 km/h 7,3 s 8,2 s
    Frenagens
    60/80/120 km/h a 0 14,7/26,3/59,1 m 15,2/25,4/64,4 m
    Consumo
    Urbano 11,8 km/l 13,4 km/l
    Rodoviário 17,9 km/l 17,4 km/l
    Ruído Interno
    Neutro/RPM máx. 38/65 dBA 39,9/74,5 dBA
    80/120 km/h 62,9/69,7 dBA 66,1/73,9 dBA
    Aferição
    Velocidade real a 100 km/h 95 km/h 96 km/h
    Rotação do motor a 100 km/h em D 2.100 rpm 1.750 rpm
    Volante 2,7 voltas 2,7 voltas
    Seu bolso
    Preço básico R$ 102.340 R$ 114.200
    Concessionárias 553 212
    Garantia 3 anos 3 anos
    Revisões até 60.000 km  R$ 4.096 R$ 4.639

    Condições de teste: alt. 660 m; temp., 31,5/35 °C; umid. relat., 68/44,5%; press., 1.013,5/1.012 mmHg

    Ficha Técnica – Chevrolet Onix Premier

    Motor: flex, diant., transv., 3 cil., 12V, turbo, injeção indireta, 999 cm³, 116 cv a 6.600 rpm, 16,8/16,3 kgfm (etanol/gasolina) a 2.000 rpm
    Câmbio: automático, 6 marchas, tração dianteira
    Direção: elétrica Suspensão: McPherson (dianteira) e eixo de torção (traseira)
    Freios: disco ventilado (dianteira) e tambor (traseira)
    Pneus: 195/55 R16
    Peso: 1.118 kg
    Dimensões: comprimento, 416,3 cm; largura, 204,4 cm; altura, 147,6 cm; entre-eixos, 255,1 cm; porta-malas, 303 l; tanque de combustível, 44 l

    Ficha Técnica – Honda City EXL

    City – Motor: flex, diant., transv., 4 cil., 16V, injeção direta, 1.497 cm³, 126 cv a 6.200 rpm, 15,8/15,5 kgfm (etanol/gasolina) a 4.600 rpm
    Câmbio: automático CVT, 7 marchas, tração dianteira
    Direção: elétrica
    Suspensão: McPherson (dianteira) e eixo de torção (traseira)
    Freios: disco ventilado (dianteira) e tambor (traseira)
    Pneus: 185/55 R16
    Peso: 1.177 kg
    Dimensões: comprimento, 434,1 cm; largura, 174,8 cm; altura, 149,8 cm; entre-eixos, 260 cm; porta-malas, 268 l; tanque de combustível, 39,5 l

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    A edição 754 de QUATRO RODAS já está nas bancas! (Arte/Quatro Rodas)
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