Após revelar projetos de atualizações que não aconteceram para a Kombi, o designer e ex-Volkswagen Luiz Alberto Veiga, usou novamente sua conta do Instagram para mostrar outra proposta que não se tornou realidade. Este, porém, chegou mais perto de ganhar as ruas.
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Desta vez, Veiga mostrou o que seria uma picape derivada do Volkswagen Santana no final dos anos 1980, que representaria a primeira e única baseada em um modelo médio no Brasil.
“Esta proposta de uma pick-up derivada do Santana foi realizada inteiramente pela área de protótipo da ala 17 [em São Bernardo do Campo (SP)], com algumas recomendações da nossa área”, escreveu o designer na publicação, feita nesta sexta (22).
Mas ele foi além: mais do que apenas o desenho do projeto, revelou também a foto de um protótipo do modelo, com direito uma série de acessórios, ainda de aparência bem inicial. Entre eles, havia grade nos faróis, estribos laterais, barras traseiras e um santantônio com faróis de longo alcance. Adesivos laterais e traseiro também compunham o mock-up.
Há ainda mais história nos comentários. “Fizemos vários testes com este protótipo. A caçamba e vários componentes da parte traseira, vieram da pick-up VW Taro”, conta Guilherme Sabino. A Volkswagen Taro era nada mais do que uma Toyota Hilux que era vendida na Europa como Volks.
Eram tempos de Autolatina e a picape, caso fosse aprovada, seria vendida como Volkswagen (Santana) e Ford (Versailles)). “Visava principalmente substituir a Ford Pampa com o fim da família Del Rey, pena que não seguiu adiante”, completa Sabino.
É difícil precisar as dimensões da picape, mas dá para imaginar que encostaria nos 5 metros de comprimento pela imensa caçamba em conjunto com a cabine simples e o longo capô do Santana. Seria um porte acima da Saveiro, parecido com o das clássicas UTE australianas, como a Ford Falcon Ute dos anos 2000, também baseada no sedã médio Falcon.
Enquanto a nova Kombi nunca existiu por exigências de segurança, a picape Santana não passou de um protótipo por questões financeiras, segundo Veiga. “No fim, como em muitas outras investigações, o projeto não atingiu um retorno financeiro necessário para justificar os grandes investimentos”, apontou.