Substituta da VW Amarok terá base chinesa e será produzida em 2026
Líder sindicalista da Argentina confirmou os planos da Volkswagen de produzir a substituta da Amarok em 2026 com versões a combustão e híbrida

A Volkswagen terá um novo modelo sendo montado no Centro Industrial Pacheco, na Argentina, em 2026. A confirmação veio do vice-secretário geral da SMATA (Sindicato dos Mecânicos e Afins de Transporte Automotor), Mario “Paco” Manrique em entrevista à rádio Gráfica FM da Argentina.
De acordo com o sindicalista, trata-se de um modelo com versões híbridas e a combustão. Ou seja, trata-se do “Projeto Patagônia”, que dará origem à substituta da picape Amarok. Este projeto foi adiantado em primeira mão por QUATRO RODAS em 2024.
Não terá nada em comum com a atual segunda geração da Amarok, que é vendida em outros mercados e baseia-se na Ford Ranger. Para a América do Sul, a Volks usará como base uma picape chinesa da SAIC, sua principal parceira na China e que foi responsável pela criação do Taos (vendido por lá como Tharu).

Isso explica o porquê da Amarok ter tido apenas uma reestilização em 2024. A intenção era ganhar entre dois e três anos de vantagem enquanto o projeto é viabilizado. Agora temos a confirmação que ele sairá do papel em 2026.
“Na VW eles nos deram um novo modelo para 2026, que se soma aos projetos semelhantes que já temos na Toyota e na Ford. Serão veículos híbridos e de combustão.”, disse Paco Manrique.
A nova picape média será baseada em um dos modelos da Maxus, a marca de picapes da SAIC. Apesar de não ser conhecida no Brasil, a Maxus atua em outros mercados da América do Sul, onde suas caminhonetes são conhecidas por terem porte médio e uma cabine mais espaçosa do que o habitual.
E, apesar das negociações serem para uma produção na Argentina, o projeto está diretamente ligado ao Brasil. Isso porque quem terá a missão de transformar a picape chinesa em um produto VW será o Centro de Design e Desenvolvimento da VW Latam, localizado aqui no Brasil.

A equipe liderada por JC Pavone irá adaptar a tecnologia da montadora chinesa para o mercado latinoamericano e evoluir o projeto, dando origem a substituta da Amarok. Toda a parte mecânica e do chassi será de origem chinesa, enquanto a VW dará toda uma nova roupagem ao veículo para se distanciar do modelo da Maxus.

Até o momento, ainda não há informações sobre qual picape da marca chinesa a Volkswagen vai usar para criar seu novo modelo.
Entre as opções, há a Maxus T90, que já é comercializada na América do Sul. Ela tem versões turbodiesel de 161 cv ou 215 cv, e até elétrica com 204 cv e autonomia para 354 km.
Há também o último lançamento da empresa, a Maxus Starcraft X. Ela é maior que a Amarok, medindo 5,55 m de comprimento e 3,33 m de entre-eixos. Na China, ela também tem opções turbodiesel e elétrica.