A propagação dos carros elétricos passa, fundamentalmente, por três pilares: infraestrutura das cidades, autonomia e preço do veículo. É nesse último tema que a Renault investe agora.
A marca aproveita o “fator casa” para mostrar o conceito K-ZE no Salão de Paris, na França. A Renault não cita o nome do seu subcompacto, mas o nome K-ZE dado ao protótipo, muito provavelmente, quer dizer Kwid Zero Emissions.
O design é praticamente o de um Kwid que avançou no tempo. Parece pronto para ser mais um integrante da família Zero Emissions (ZE), atualmente composta por Zoe, Twizy, Kangoo e Master.
O protótipo antecipa a criação de um modelo “popular” movido a baterias que será produzido e vendido, inicialmente na China já no ano que vem. Poderá se tornar um dos elétricos mais baratos do mundo.
Segundo a Renault, o país asiático investiu fortemente na infra-estrutura e implementou políticas de incentivo para reduzir o custo de aquisição de veículos elétricos nos últimos anos.
Em 2017, mais de 470 mil modelos elétricos foram emplacados por lá. E a projeção é que até 2020 mais de 5 milhões de unidades estejam rodando pelas ruas chinesa sem gastar um litro de combustível.
O K-ZE será produzido na China pela eGT New Energy Automotive. A companhia criada para desenvolver e produzir veículos elétricos é resultante da joint-venture entre a Renault-Nissan-Mitsubishi e sua parceira local, a Dongfeng.
A Renault afirma que o carro terá autonomia de 250 quilômetros e poderá ser recarregado tanto em tomadas domésticas quanto públicas.
No modo de carga rápida, recupera 80% de sua autonomia em menos de 50 minutos. Quando conectado a uma tomada convencional, a bateria pode ser recarregada em menos de 4 horas.
Apesar de acessível, o K-ZE traz inúmeros itens de série, como ar-condicionado, sensores e câmera de ré, central multimídia, airbags e faróis automáticos.