O projeto é brasileiro, mas o Volkswagen Virtus já é um carro internacional. Antes mesmo do Brasil e América Latina ganharem a nova versão do sedã reestilizado, ele já havia sido introduzido nos mercados asiáticos como a Índia, adiantando as mudanças que teríamos aqui.
E é em terras indianas que o Virtus lança uma nova versão que já havia sido apresentada e, agora, chega às lojas podendo dar saudade aos brasileiros. Desde que o sedã foi reestilizado, em fevereiro deste ano, perdemos a esportiva versão GTS, que ocupava o topo da linha e foi substituída pela Exclusive, com um apelo mais luxuoso.
Na Índia, o Virtus é dividido em duas linhas: Dynamic e Performance. Pelo nome já dá para perceber que a segunda é mais focada em desempenho, por isso, é equipada com o motor 1.5 TSI EVO de 148 cv e 25,49 kgfm, que tem o sistema Active Cylinder, capaz de desabilitar dois cilindros do motor quando o carro atinge velocidade de cruzeiro. Enquanto isso, as versões da linha Dynamic tem motor 1.0 TSI, que é um pouco mais fraco que o nacional, com potência de 115 cv e 18 kgfm.
Lembrando que no Brasil o Virtus é vendido com três opções de motor. As versões mais básicas usam o 170 TSI, motor 1.0 turbo do antigo Up! melhorado para chegar aos 116 cv. Quanto às versões Comfortline e Highline, elas usam o 200 TSI, que também é um 1.0 turbo, mas que rende 128 cv. Por último, a Exclusive é equipada com o 1.4 turbo 250 TSI de 150 cv e 25,5 kgfm e é essa que está mais próxima dos topo de linha indiana.
Por lá, a linha Performance resgata um pouco da esportividade do finado Virtus GTS brasileiro. Na verdade, é como se as versões indianas estivessem um degrau abaixo do esportivo nacional, principalmente, porque trazem menos adereços visuais. Não há, por exemplo, a famosa faixa vermelha na grade, como tínhamos no GTS, mas em compensação o sedã asiático ostenta uma assinatura GT na dianteira.
O Virtus GT é oferecido em três versões na Índia. A mais completa é a Plus e está disponível com câmbio manual de seis marchas, além do automatizado de dupla embreagem e sete velocidades. A de entrada é a recém-lançada GT DSG, que oferece a mesma motorização da mais cara, mas com um pacote de equipamentos mais singelos.
Mesmo sendo a versão mais básica, ela foi lançada pelas mesmas 1.600.200 rúpias, algo em torno dos R$ 98.000, do Virtus Dynamic mais caro. Por isso o Virtus GT DSG traz um bom conjunto de equipamentos, como carregador sem fio, multimídia de 10’’ com Android Auto e Apple CarPlay, sistema de som com oito alto falantes, seis airbags, controle de estabilidade e tração e assistente de rampa.
No Brasil, a versão Exclusive tem o mesmo nível de acabamento dos Virtus GT indianos mais caros e custa R$ 147.790. Ela foi criada para substituir as versões básicas do Jetta, que atualmente só é vendido na versão GLi 2.0 por R$ 232.390. A introdução de uma variante mais esportiva para o Virtus nacional viria bem a calhar e ajudaria a diminuir ainda mais a lacuna de preço entre os sedãs da Volkswagen.