O Volkswagen T-Cross foi concebido como um modelo global, mas a versão produzida no Brasil para a América do Sul será a maior do mundo.
A fabricante alemã anunciou que o T-Cross fabricado em São José dos Pinhais (PR) terá 4,192 m de comprimento. Em outras palavras, será 8,5 cm maior que o europeu, que terá 4,107 m.
Comparando unidades flagradas em teste no Brasil e na Europa, nota-se que essa diferença estará concentrada no entre-eixos do SUV compacto, mais exatamente nas portas traseiras.
Não por acaso, o Virtus tem entre-eixos 8,6 cm mais longo que o do Polo (2,651 m contra 2,565 m). Os dois são baseados na plataforma MQB A0, assim como o T-Cross.
Primeiro SUV compacto baseado na plataforma MQB A0, o Seat Arona tem 4,13 m de comprimento e 2,56 m de entre-eixos, medidas alinhadas tanto com o T-Cross europeu como com o Polo.
No Brasil, o entre-eixos estará alinhado com o do sedã Virtus.
Há duas explicações para isso. A primeira é que na o T-Cross europeu não poderia ser muito grande. Se no Brasil ele será o único SUV abaixo do Tiguan, no Velho Continente terá que conviver com o T-Roc, com 2,60 m de entre-eixos e equipamentos mais sofisticados.
A segunda é que um T-Cross com 2,56 m de entre-eixos seria muito pequeno para um segmento onde o Ford EcoSport (2,52 m), Jeep Renegade (2,57 m) e Chevrolet Tracker (2,55 m) são considerados pequenos.
Se tiver os mesmos 2,65 m do Virtus, porém, o Volkswagen T-Cross poderá ter espaço interno maior que o de Honda HR-V (2,61 m), Nissan Kicks (2,62 m) e até mesmo que o Jeep Compass (2,64 m).
Essa diferenciação não é inédita. O Volkswagen Tiguan vendido no Brasil tem distância entre-eixos 11 centímetros maior que o europeu. Por lá, esta versão foi lançada depois apenas com sete lugares.