“O novo Golf 1.0 ou 1.4? Ter, a gente até tinha, mas acabou-se tudo.” O trocadilho é péssimo, mas essa frase poderia ser dita por qualquer concessionário Volkswagen, já que agora só o Golf GTI é fabricado no Brasil — conforme antecipado pelo site Autos Segredos e confirmado pela Volkswagen.
A saída de cena das versões Comfortline e Highline ocorre menos de um ano após a geração atual ter passado por sua primeira reestilização.
A despedida do hatch do Brasil, que já havia sido adiantada pelo então presidente da marca há dois anos, não ocorre só por conta da queda do mercado de hatches médios.
Além de vender pouco (foram só 3.070 unidades em 2018, ante as 69.584 do Polo), o Golf passou a sofrer concorrência doméstica. A pá de cal veio com a chegada do T-Cross, que usa os mesmos motores e câmbio do hatch, mas com mais apelo mercadológico – afinal, é um SUV – do que a sétima geração do veterano.
Segundo a Volkswagen, a mudança se dá também pela simplificação da gama da empresa. O Fox, por exemplo, foi reduzido a só duas versões, o Up! perdeu a versão de entrada Take e o Gol tem apenas uma versão, com motores 1.0 e 1.6 – esta com opção de câmbio automático.
Híbrido e gringo
Esse, no entanto, não é o fim do Golf no Brasil. A versão GTI, que parte de R$ 149.290, continua a ser produzida em São José dos Pinhais (PR). A Volkswagen também afirmou que irá trazer ao país a variante esportiva híbrida plug-in GTE que, apesar de importada, pode ser posicionada abaixo da GTI por conta dos benefícios fiscais.
A alternativa importada deverá ser a solução da marca para trazer a oitava geração do Golf no Brasil. O modelo estreará até um novo logotipo, mas não será fabricado no México e nem no Brasil. Por conta disso, são grandes as chances da VW ter por aqui somente as alternativas mais caras, para atender a clientes de nicho.