Volkswagen cogita lançar picape inédita com motor híbrido
Modelo deve ter foco no mercado norte-americano, que deve ganhar ainda um SUV também como propulsão eletrificada

Após anunciar o desenvolvimento de uma Amarok dedicada à América do Sul, a Volkswagen reconhece planos de lançar uma picape com foco na América do Norte. A ideia é que o modelo tenha motor híbrido e seja acompanhado do lançamento de um SUV.
O presidente da divisão norte-americana da VW, Kjell Gruner, declarou em entrevista à Car and Driver que reforçar a presença da marca no pujante setor de caminhonetes dos Estados Unidos será debatido ainda neste ano.
Apesar de ainda não haver um projeto estabelecido, Gruner defende que a picape não siga a tradicional estrutura de chassi separado (body-on-frame). Em vez disso, poderá ter construção monobloco e ser oferecida como um veículo elétrico com extensor de autonomia.
“Precisamos encontrar sinergias com outros veículos que já temos no mercado, tanto em termos de plataforma quanto de fabricação, para torná-la viável. Especialmente se considerarmos veículos elétricos, argumento que não há necessidade de chassi separado, já que as plataformas oferecem rigidez suficiente”, explicou o executivo, durante o Salão de Nova York, que ocorre nesta semana, nos EUA.

Uma outra opção em jogo seria usar a mesma plataforma que dará origem aos modelos Scout. Anunciados no fim de 2024, a dupla Scout Terra e Traveller será feita sob chassi, terá aparência moderna, com extenso uso de luzes, mas também trará fortes referências retrô.
Foco nos híbridos
Além da possível nova caminhonete, a Volkswagen trabalha no lançamento de um SUV híbrido, que deve ser baseado no Novo Tiguan e no Atlas. Seria o primeiro modelo híbrido da VW nos EUA desde o Jetta Hybrid, descontinuado há uma década.
Ainda de acordo com Gruner, embora importar veículos da Europa fosse mais rápido, a preferência é nacionalizar a produção na América do Norte. Atualmente, o Atlas é fabricado no Tennessee, nos EUA, enquanto o Tiguan de última geração é feito no México.
Além de simplificar a produção e aumentar a competitividade no setor de modelos eletrificados, a fabricação de veículos em solo norte-americano também pode ser uma maneira de lidar com o caos tarifário. Atualmente, veículos importados estão sujeitos a tarifas extras de 25% nos EUA. A Audi, marca que pertence ao Grupo Volkswagen, chegou a anunciar a suspensão do envio de veículos para este mercado por tempo indeterminado.