Veja os 10 carros automáticos mais econômicos do Brasil
Listamos os 10 modelos automáticos à venda que tiveram melhor desempenho em nosso teste de consumo. Spoiler: todos são eletrificados
Carros automáticos são mais econômicos que os manuais? Uma pergunta relativa que depende muito da mecânica, afinal, existem diferentes tipos de transmissões automáticas, cada uma com suas particularidades.
Mas o fato é que esse é um dilema do passado, pois a chegada da eletrificação equilibrou as coisas. No título dessa matéria, você viu que estamos falando apenas de veículos automáticos, mas — spoiler — todos eles são híbridos.
Para você compreender melhor, levamos em consideração a média entre os resultados dos testes de consumo em regime urbano e rodoviário feitos por QUATRO RODAS para definir o quão econômico é um carro. Com isso, obtivemos o ranking que você verá a seguir.
Vale lembrar que é possível que em alguns casos, modelos a combustão tenham resultados melhores, principalmente em regime rodoviário, onde esse tipo de motor é mais eficiente. Porém a eletrificação beneficia e muito o consumo na cidade, por isso os híbridos acabam levando a melhor.
Sem mais delongas, vamos à lista.
Hyundai Ioniq
Esse foi o primeiro membro da família Ioniq, que estreou em 2018, mas chegou no Brasil tardiamente, só depois do fim da sua produção. Diferente dos modelos mais novos como o Ioniq 5, ele não é elétrico, mas sim híbrido. E a justificativa para vê-lo pouco nas ruas é porque este carro está disponível apenas para locação.
Mas não deixe isso te enganar. Apesar de já fora de linha, o Ioniq Hybrid deixou para trás um bom conjunto híbrido pleno, mais rápido e econômico que o do Toyota Corolla, por exemplo. O motor é o 1.6 de ciclo Atkinson de 105 cv e 15 kgfm, e entre ele e o câmbio de dupla embreagem com seis marchas está o motor elétrico um motor elétrico. Juntos eles entregam 141 cv e 27 kgfm.
Em nossos testes, o modelo fez 23,2 km/l, na cidade, e 22,8 km/l, na estrada, que garantiram o título de automático mais econômico do Brasil. Porém não é só a mecânica que influencia, muito da economia também vem do seu baixo coeficiente aerodinâmico de apenas 0,24 cx.
Kia Niro
Não é surpresa que o Kia Niro esteja na segunda posição, afinal, ele tem exatamente o mesmo conjunto mecânico do “irmão” Hyundai Ioniq. Além disso, eles são feitos na mesma plataforma, assim como um terceiro modelo, que não vamos falar qual é para não dar spoiler.
É a prova que o conjunto híbrido coreano rende muito bem quando o assunto é economizar combustível. Em nossa pista, o Niro fez médias de 21,7 km/l em regime urbano e 20,2 na cidade. E a diferença nos números se dão especialmente pelo bom trabalho de aerodinâmica feito pela Hyundai, pois o Niro, é menor e mais leve que o ‘irmão’.
Lexus ES 300h
Mais um carro que está fora do radar para muitos consumidores. A Lexus não é uma das marcas mais conhecidas no Brasil e o seu ES 300h é o seu único sedã dela no Brasil. Por ser o braço de luxo da Toyota, podemos dizer que ele é o primo rico do Corolla.
Em 2022, o ES 300h ganhou algumas leves mudanças visuais, ficou um pouco mais tecnológico e ganhou alguns itens de segurança. Mas a mecânica não foi alterada, o que é bom. Seu conjunto híbrido tem motor 2.5 a gasolina combinado a outro elétrico que somam 211 cv, que lhe renderam um consumo de 22,7 km/l na estrada e 18 km/l na cidade. Bom o suficiente para desbancar o Mercedes C 200 EQ Boost lá em 2020.
Jaguar F-Pace PHEV
A Jaguar é uma das montadoras de luxo que mais apostam na eletrificação. O F-Pace, por exemplo, só tinha versões híbridas leves quando chegou ao Brasil e, no ano passado, ela trouxe a motorização PHEV que nos surpreendeu pelo baixo consumo, em especial, na cidade.
Diferente dos MHEV, o F-Pace plug-in tem um motor não tem um motor V8 ou V6, mas sim um 2.0 turbo a gasolina de 300 cv. Aliado a ele, há um elétrico de 140 cv. Somando os dois, são bons 404 cv de potência, colocando-o entre o V6 e o V8.
Por ser um plug-in, o SUV têm alguns benefícios elétricos, como a autonomia de 59 km garantida só pela bateria de 17,1 kWh. Mas o que é bom mesmo é seu consumo de 26,1 km/l na estrada, o melhor entre todos os modelos da lista. Sua posição só não foi melhor porque ele teve o pior consumo urbano: 14,4 km/l.
Honda Civic e:HEV
É verdade que o Honda Civic híbrido não fez tanto sucesso por aqui quanto suas gerações anteriores. Mas o principal motivo é porque essa é a única variante disponível e o seu preço é alto se comparado ao de outros rivais. Tanto é que, recentemente, a Honda promoveu diversos descontos para tentar aumentar suas vendas.
Apesar do preço, que atualmente parte dos R$ 265.900, o Civic e:HEV cumpre com o seu papel. O conjunto mecânico do sedã é composto por um motor 2.0 a gasolina de 143 cv e outros dois elétricos, sendo um gerador e o outro de 183 cv que traciona as rodas.
O interessante é que o sedã só é tracionado pelo motor a combustão ou só pelo elétrico, nunca pelos dois ao mesmo tempo. Foi a forma que a Honda encontrou para otimizar o consumo, que em nosso teste foi de 22,5 km/l na cidade e 17,9 km/l na estrada.
Haval H6 PHEV36
O mais recente modelo dessa lista é também o mais vendido. No meio do boom dos elétricos, o Haval H6 se mostra que existe sim espaço para os híbridos e, em agosto, vendeu um total de 2.112 unidades.
Quem entra para o nosso ranking é a versão PHEV34, ou seja, o híbrido plug-in com a bateria de 34 kWh. Além da bateria maior, o conjunto mecânico é mais potente que o da versão PHEV19. Ele une o motor 1.5 aspirado a outros dois elétricos para entregar 393 cv.
A bateria garante 116 km de autonomia elétrica em modo elétrico e, quando carregada, ajuda a entregar um consumo de 20,4 km/l em regime urbano e 19 km/l no rodoviário.
Lexus UX 250h
A Lexus foi uma das pioneiras ao hibridizar toda sua linha e soma experiência nesse ramo. Embora não seja um modelo novo no mercado, o UX 250h ainda consegue entregar bons números com o seu conjunto híbrido e câmbio do tipo CVT transaxial.
O motor é o 2.0 turbo que trabalha junto de outro elétrico para entregar 181 cv. O desempenho não é seu forte, falta esportividade para o SUV japonês. Mas o foco aqui é o consumo e nisso ele vai bem: 22,7 km/l em regime urbano e 16,5 km/l.
Hyundai Kona
Lembra falamos que teríamos mais um modelo com o conjunto híbrido da Hyundai? Pois bem, trata-se do Kona. Como nos outros dois casos, o maior destaque é na economia, embora o consumo seja um pouco maior por aqui: 20,7 km/l na cidade e 17,3 km/ na estrada.
Ford Maverick Hybrid
Por enquanto o trono é dela, mas em breve a Maverick terá companhia no segmento das picapes híbridas. Enquanto única caminhonete híbrida do mercado, ela sobra com a sua mecânica híbrida plena composta pelo motor 2.5 de 165 cv, o elétrico de 128 cv e o câmbio e-CVT.
Ao todo são 194 cv, que configuram a picape um bom desempenho, mas não tão bom quanto o da versão 2.0. Porém, o foco é no consumo e a Maverick Hybrid conseguiu cravar 16,3 km/l na estrada e 18,9 km/l na cidade. Vamos ver se eles serão suficientes quando a BYD Shark chegar ao Brasil.
Honda Accord
Mais um caso de mecânicas iguais e conjuntos diferentes. O Accord repete exatamente o mesmo sistema e:HEV do Civic, com motor elétrico de 183 cv e a combustão de 143 cv. Vale ressaltar que a Honda não divulga os números de potência e torque combinados dos modelos.
Mas no Accord o conjunto não é tão econômico, já que ele é um modelo maior e mais pesado que o Civic. Mesmo assim os números não são ruins: 17,5 km/l na estrada e 17,2 km/l na cidade.
Lista dos 10 carros automáticos mais econômicos do Brasil
Modelo |
Consumo Cidade (Km/l) |
Consumo Estrada (Km/l) |
Média (Km/l) |
1- Hyundai Ioniq | 23,2 | 22,8 | 23,00 |
2- Kia Niro | 21,7 | 20,2 | 20,95 |
3- Lexus ES 300H | 22,7 | 18,7 | 20,70 |
4- Jaguar F-PACE | 26,1 | 14,4 | 20,25 |
5- Honda Civic | 22,5 | 17,9 | 20,20 |
6- HAVAL H6 GT PHEV | 20,4 | 19,0 | 19,70 |
7- UX 250h | 22,7 | 16,5 | 19,60 |
8- Hyundai Kona | 20,7 | 17,3 | 19,00 |
9- Ford Maverick Hybrid | 18,9 | 16,3 | 17,60 |
10- Honda Accord | 17,5 | 17,2 | 17,35 |