A Toyota tem uma aposta completamente nova para o segmento de subcompactos na Europa. Para além de um design muito inovador, a nova geração do Toyota Aygo deverá marcar um salto expressivo em termos de acerto dinâmico.
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Afinal de contas, o presidente e CEO da empresa, Akyo Toyoda, prometeu: “vamos deixar de fazer carros chatos de conduzir”. Na época quase todos pensamos que era mais uma daquelas promessas que os Executivos deixam no ar. Mas não, era mesmo a sério.
O sobrevivente
Sete anos depois do Aygo II, chega o sucessor que marcará uma mudança importante em termos de projeto industrial na montadora japonesa. Isto porque, ao contrário dos antecessores, o novo Toyota Aygo não será feito em parceria com o Grupo PSA (hoje Stellantis), que tinha as suas versões Citroen C1 e Peugeot 108. Agora ele terá “carreira solo”
Tal como sugerido pela letra “X”, o Aygo veste a roupagem da moda — de crossover —, com traços bastante próximos do carro-conceito X-Prologue revelado em março deste ano, com proteções de carroceria ao redor de todo o veículo. Esta não é, porém, a única forma de ajudar a evitar danos na pintura quando o condutor decide fazer uma viagem para fora de terrenos asfaltados (mas não trilhas pesadas, claro) já que a suspensão foi elevada em 1,1 cm.
A tal plataforma GA-B foi determinante para permitir um crescimento importante em relação à geração anterior: há mais 23 cm em comprimento (total de 3,70 m) e o entre-eixos foi ampliado em 9 cm (para 2,43 m), o que levará a consideráveis ganhos em espaço, principalmente na segunda fileira e no bagageiro de 261 litros (60 a mais do que no seu antecessor).
O ganho de 12,5 cm em largura irá não só convidar os dois ocupantes traseiros a viajar com muito mais conforto como será, também, fundamental para que o comportamento do novo Aygo seja muito mais estável. Um progresso dinâmico transversal a todos os novos Toyota lançados no mercado desde 2017 (o Prius foi o primeiro desta nova geração de modelos que “gostam” de curvas).
Por último, a altura aumenta 5 cm (para 1,51 m), como consequência da adoção da tal silhueta de crossover e, aqui sim, existem diferenças face ao que ocorreu na chegada das novas gerações de veículos da Toyota, sempre mais baixos do que os que vieram para substituir.
Mesmo claramente maior, o novo Aygo continua prometendo os mesmo 9,40 m de diâmetro de giro, o que ajuda a manter a sua total compatibilidade com os congestionados espaços urbanos. A impressão geral de um carro realmente maior e mais “adulto”, entretanto, é confirmada pela opção de rodas de 18’’.
Interior mais moderno
Além do espaço ampliado, no interior a novidade chega também na forma de aplicações e revestimentos dos bancos bem coloridos, se for esse o desejo do comprador. O painel é feito inteiramente de plásticos duros, como é “obrigatório” neste segmento de mercado onde cada vez menos marcas apostam, dadas as margens de lucro quase nulas.
Ele, todavia, ganha um aspecto muito mais moderno, com uma proeminente central multimídia de apresentação e grafismo muito mais modernos, além de conteúdos muito mais ricos e possibilidades de conectividade muito maiores.
O quadro digital de instrumentos de 9’’ é também maior, e o elenco de equipamentos de segurança ativa e passiva (incluindo sistemas de assistência ao motorista) foi francamente reforçado, o que será mais um fator a contribuir para um mais do que previsível aumento considerável dos preços do novo Toyota Aygo.
O motor de série é o 1.0 de 72 cv, que pode trabalhar em conjunto com um câmbio S-CVT (de variação contínua) ou manual de cinco velocidades, e não é de prever que existam versões com algum tipo de eletrificação, o que é normal num segmento de mercado em que o preço de venda do carro é muito sensível.