A Fiat finalmente estreará em 2020 as derivações 1.0 e 1.3 turbo flex da família de motores Firefly no Brasil. Já existentes na Europa, os propulsores chegarão preparados para beber tanto gasolina quanto etanol em nosso mercado.
QUATRO RODAS descobriu que será a picape Toro a responsável por estrear a unidade turbinada de 1,3 litro, em junho de 2020. Internamente a usina é chamada de “T4”, em referência ao fato de ser turbo com quatro cilindros.
A calibração, muito provavelmente, ficará próxima dos 180 cv e 27,5 mkgf gerados na Europa, promovendo assim a substituição conjunta dos atuais motores 1.8 E.TorQ de 139 cv e 2.4 Tigershark de 186 cv.
Esta não será a única novidade: a Toro 1.3 16V turbo flex será lançada com reestilização visual, seguindo como padrão a frente exibida pelo protótipo Fastback no Salão de São Paulo 2018.
Foi a partir desse conceito que fizemos uma projeção de como deverá ficar a picape compacta-média.
O conjunto óptico dianteiro em três níveis continua, porém com desenho levemente seccionado para as luzes diurnas em led na parte superior, ao estilo Peugeot, além de grade e canhões halógenos mais afilados.
O novo logotipo já aplicado à traseira dos novos modelos da Fiat, sem escudo e apenas com o nome da marca grafado em letras cromadas, também deve compor a porção frontal.
Depois da Toro, os Jeep Compass e Renegade, que compartilham com a picape a plataforma e as linhas de montagem em Goiana (PE), passarão a contar com a motorização turbo no segundo semestre do ano que vem.
No caso do Compass, segundo apurado por nossa reportagem, a FCA optará por utilizar também a opção T4 de 180 cv, marcando assim o fim do motor 2.0 Tigershark de 166 cv.
O SUV compacto-médio já terá sido reestilizado no processo (o lançamento de seu facelift está previsto para o segundo semestre deste ano).
Em 2021 será a vez do SUV cupê Fastback ganhar as ruas com mesmo trem de força. O câmbio, para os três modelos, será sempre automático de nove marchas fornecido pela ZF.
Para o Renegade, já reestilizado no ano passado, a opção será a do T3, ou seja: três-cilindros 1.0 12V turbo flex, gerenciado por caixa manual de cinco ou com conversor de torque de seis posições da Aisin.
Resta saber se a engenharia local promoverá algum ganho de potência em relação aos 120 cv gerados pelo Renegade europeu, que parecem pouco para a realidade de nossos SUVs compactos.
O Firefly T3 também estará presente, a partir de 2021, no SUV compacto derivado do Argo que a Fiat finalmente lançará, além da própria dupla Argo/Cronos.
Além do turbo, os propulsores T3 e T4 ganharão um novo cabeçote, a fim de comportarem quatro válvulas por cilindro e não duas, como acontece nas derivações naturalmente aspiradas.