Mais uma fabricante de carros interrompeu sua produção no Brasil nesta quinta-feira (25). Agora foi a vez da Renault, que anunciou suspensão de sua fábrica em São José dos Pinhais (PR) por conta do agravamento da pandemia de covid-19.
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Em nota, a companhia informou que a produção no Complexo Ayrton Senna cessará na próxima segunda-feira (29). A decisão foi tomada em alinhamento com o Sindicato dos Metalúrgicos de Curitiba e “tem como objetivo contribuir para o isolamento social neste momento em que diferentes cidades adotaram medidas mais restritivas”.
A partir desse dia, apenas atividades essenciais serão realizadas nas instalações, que receberão, a princípio, os outros funcionários a partir de 5 de abril. Ao mesmo tempo, colaboradores de funções administrativas seguem trabalho em regime de home office.
A decisão da francesa vem um dia após a Nissan (que pertence ao mesmo grupo) agir de maneira semelhante na sua fábrica de Resende (RJ), também por conta da pandemia. A montadora japonesa foi ainda mais incisiva, concedendo férias coletivas de sexta-feira (26) até 9 de abril.
“Desde o início da pandemia nossa prioridade tem sido a saúde dos nossos colaboradores. Implementamos um completo protocolo de saúde e segurança, que segue vigente desde maio de 2020. Ao longo de todo este período operando com a adoção do protocolo, nossa experiência demonstrou que todas as fábricas do Complexo Industrial Ayrton Senna são um ambiente seguro”, completou a Renault em nota oficial.
Inaugurado em 1998, o complexo industrial da Renault no Paraná se estende por mais de 2,5 milhões de m², onde são fabricados o SUV Duster e sua picape Duster Oroch além do Kwid, Logan, Sandero e Captur. Também há linha de produção do furgão Master e de motores e injeção de alumínio. Até o fim de fevereiro, a Renault vendeu 21.064 carros zero-km no Brasil — sexta marca mais popular.
Em Resende, a aliada Nissan inaugurou há sete anos sua fábrica fluminense e lá produz as novas gerações do sedã Versa (além do rebatizado Versa V-Drive) e do recém-lançado SUV Kicks. Até o fim de fevereiro, a montadora ocupava o décimo lugar no ranking nacional de vendas, com 11.563 emplacamentos.
Seja pela pandemia ou falta de matéria-prima, a situação na cadeia produtiva nacional é crítica. Agora boa parte das fabricantes funcionam em regime de produção reduzida, com destaque para a Chevrolet que interrompeu as linhas de Gravataí (RS), onde produz o carro mais vendido do Brasil, Onix, e para a Volkswagen, que paralisou por 12 dias suas atividades presenciais.
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