Um relatório da consultoria de histórico veicular Checkauto apresentou dados bem preocupantes para quem não se importa muito em conferir a procedência de um carro usado.
A pesquisa mostra que nada menos que 7% dos veículos oferecidos no mercado possuem restrição por roubo ou furto. Caso a pessoa adquira um carro nessas condições sem saber, ele terá que provar que não é o responsável pelo roubo -além de não conseguir transferir o veículo para seu nome.
Outro dado revelador: 26% dos carros pesquisados não cumpriram seus chamados para recall. Alguns são coisas simples envolvendo falhas pontuais. Boa parte dos chamados, porém, envolve dispositivos fundamentais para a segurança – e o risco de um acidente acabará nas mãos do próximo dono.
Além disso, 16% deles foram identificados como veículos adquiridos anteriormente em leilões. Esta informação pode ser importante para que o futuro comprador tenha um argumento para negociar um preço melhor.
O relatório aponta ainda que 9,7% dos automóveis oferecidos são identificados como bem penhorado ou com restrição judicial. “O risco aqui é óbvio: o comprador paga e acaba ficando sem o carro já que não consegue nem fazer a transferência do bem para seu nome. É prejuízo na certa”, afirma o especialista em risco José Felix.
Por fim, 6% dos veículos consultados aparecem com baixa, ou seja, modelos impedidos de circular por serem considerados como perda total por conta de avarias irreparáveis no chassi. Tais unidades sofrem “baixa” no cadastro do Detran e nem poderiam estar rodando (muito menos terem sido colocados à venda).