O controle eletrônico de estabilidade será obrigatório no Brasil para modelos completamente novos a partir de 2020 e para todos os veículos leves em 2022.
Mas com essa mudança podem surgir algumas dúvidas: quais são as diferenças entre ESC e ESP? Controle de tração é a mesma coisa? Um sistema depende do outro para funcionar?
Começando pelas siglas, enquanto a primeira (ESC) é sinônimo para a tecnologia em inglês, a segunda (ESP) é patenteada pela Bosch e significa Programa Eletrônico de Estabilidade em inglês.
E ainda há outros nomes, conforme o fabricante: DSC (Controle Dinâmico de Estabilidade), VSA (Assistência à Estabilidade do Veículo) ou VSC (Controle de Estabilidade do Veículo).
O sistema é capaz de analisar trajetória do veículo e movimentos do volante com sensores. Se o ESC identifica alguma situação anormal, são acionados os freios de cada roda e até o torque do motor pode ser cortado.
E se o carro tem controle eletrônico de estabilidade, ele também terá ABS (obrigatório no país desde 2014) e o controle de tração – já que ambos são necessários para o funcionamento do ESC.
O sistema antibloqueio de frenagem (ABS) possui sensores de velocidade nas rodas e identifica se uma delas tende a bloquear, reduzindo a pressão do freio para impedir o travamento.
O principal objetivo do ABS é permitir que o motorista controle a trajetória do veículo durante frenagens intensas e/ou em piso de baixa aderência.
Já o controle de tração – chamado TC e TCS – é capaz de identificar se as rodas giram em falso durante arrancadas e acelerações, reduzindo o torque diretamente no motor.
Esse sistema precisa apenas dos sensores de velocidade de cada roda, assim como o ABS. Por isso, teoricamente, é possível oferecer o controle de tração em qualquer veículo com função antibloqueio de frenagem.
Esse é o caso do Volkswagen Up! TSI, por exemplo, que é oferecido de série com o controle de tração M-ABS – apesar de não contar com o controle eletrônico de estabilidade.