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Primeiro piloto solo do Rally dos Sertões tem sistema de moto em picape

Youssef Haddad, que já participou de 13 edições do Sertões e de 8 Rally Dakar, conta os desafios e de onde surgiu a ideia de correr sem navegador

Por Guilherme Fontana Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 31 ago 2022, 17h50 - Publicado em 31 ago 2022, 17h47
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  • O lema de todo participante do Rally dos Sertões é o desafio, afinal, são milhares de quilômetros percorridos em terrenos com diversos níveis de dificuldade. Para o engenheiro mecânico Youssef Haddad, no entanto, essa provocação irá além na 30ª edição da prova: ele é o primeiro piloto da história do Sertões a competir sozinho, sem ajuda de um navegador.

    Youssef já tem na bagagem 13 participações no rali brasileiro, onde conquistou 3 títulos na posição de navegador, além de 8 participações no Rally Dakar, levando o prêmio de melhor dupla estreante na edição de 2009. Ou seja, é uma sucessão de desafios: ele passa de navegador para piloto e, logo em sua estreia, sozinho dentro de sua picape.

    Mitsubishi L200 de Youssef Haddad
    Mitsubishi L200 de Youssef Haddad (Rally dos Sertões/Divulgação)

    “Eu procurava alguma coisa que me motivasse novamente para estar dentro do carro encarando o Sertões, e há três anos nasceu essa ideia, a ideia foi evoluindo e a gente achou que justo nessa edição especial seria a hora de colocar isso em prática”, disse Youssef, referindo-se à maior edição da história do Sertões.

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    Ele pondera, porém, que não necessariamente pulou diretamente do banco do carona para o posto principal do veículo, já que foi piloto de testes da Mitsubishi por muitos anos e participa do desenvolvimento de alguns veículos, incluindo a Mitsubishi L200 Triton Sport R que utilizará na competição.

    Mitsubishi L200 de Youssef Haddad
    Mitsubishi L200 de Youssef Haddad (Rally dos Sertões/Divulgação)

    Mas como é possível competir sozinho, sem as direções dadas pelo navegador? É “simples”. A picape do piloto recebeu o mesmo sistema de navegação das motos que correm no Sertões.

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    Além disso, o sistema foi instalado em uma posição próxima ao posto de pilotagem, com uma leve inclinação para que ele, sem movimentos tão livres por estar preso pelos cintos de segurança, capacete e pela estrutura do veículo, possa visualizar o que vem à frente – sem que isso prejudicasse a visibilidade na estrada.

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    Mitsubishi L200 de Youssef Haddad
    Mitsubishi L200 de Youssef Haddad (Rally dos Sertões/Divulgação)
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    “Foi um desafio grande achar posição para tudo, que ergonomicamente estivesse tudo ao meu alcance, sem que me atrapalhasse em termos de performance”, destaca Youssef.

    “Esse, sem dúvida, é um dos maiores desafios da minha carreira. Vai ser extremamente difícil, tanto do ponto de vista físico como psicológico, encarar esse trajeto tão longo e difícil, sozinho, acumulando as funções de piloto e navegador.”, completa.

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