Porsche 911R chega para fazer a alegria dos puristas
A Porsche aderiu ao downsizing nos novos 911 e 718, mas não esqueceu dos conservadores: o 911R tem motor aspirado e câmbio manual
O ditado de que “não se pode agradar a gregos e troianos” parece não funcionar para a Porsche, que mostra que se pode sim agradar a todos. Quando apresentou os novos 911 e 718 Boxster, a marca feriu os princípios dos puristas com o abandono de motores aspirados em favor dos dotados de turbocompressores. No entanto, na ocasião, ela prometeu que não abandonaria seu público tradicional. E cumpriu com o novo 911R apresentado em Genebra.
Leia mais:
>> Impressões: O sopro da mudança do Porsche 911 Carrera
A pintura diferenciada da carroceria, com fundo branco e faixas vermelhas, destaca a origem purista do 911R, que traz ainda rodas brancas, pinças de freio amarelas e para-choques redesenhados. O interior adota novo volante, bancos de fibra de carbono com revestimento em couro, colunas revestidas em Alcantara e soleiras com a identificação da versão. O que mais chama atenção é justamente o propósito do 911R: câmbio manual e pedal de embreagem.
Além de modificações como o bloqueio mecânico do diferencial traseiro e os freios de compósitos de cerâmica, o cupê é dotado de um conjunto mecânico de arrancar sorrisos de qualquer amante de carros mais conservador. O motor 4.0 tem seis cilindros na configuração clássica (boxer e aspirado), entregando 507 cv de potência e 46,9 mkgf de torque. Com isso, o modelo vai de 0 a 100 km/h, segundo a Porsche, em 3,7 segundos e atinge a velocidade máxima de 323 km/h. Por último, mas não menos importante: o câmbio é invariavelmente manual de seis marchas.