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Os segredos do caminhão Scania de 74 t que promete ser 8% mais econômico

O novo motor 13 litros recebeu uma série de melhorias e aumentou de potência, assim como, os freios que tem mais de 1.000 cv de potência de frenagem

Por Isadora Carvalho Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
10 out 2022, 09h54

Conseguir reduzir o consumo de combustível em apenas 1% já rende um esforço tremendo do time de engenharia de qualquer fabricante de automóveis. A realidade para o desenvolvimento de caminhões não é diferente, mas o desafio é multiplicado pelas dezenas de toneladas que precisam transportar da forma mais eficiente (e, consequentemente, rentável) possível. 

Os novos caminhões Scania Super prometem uma economia de diesel de até 8%. É, portanto, um avanço incrível que representa rendimento extra para caminhoneiros autônomos e donos de transportadoras. Para isso a marca investiu R$ 2 bilhões ao longo de cinco anos no desenvolvimento de um novo motor 13 litros para equipar seus pesados.

Scania Super
(Divulgação/Scania)

Já para fabricar o novo trem de força em São Bernardo do Campo (SP) a partir de fevereiro de 2023 foi investido mais R$ 1 bilhão. A unidade de motores praticamente dobrou de tamanho passando de 25.000 m² para 43.000 m².

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Você pode estar se perguntando a motivação de uma fabricante como a Scania lançar e desenvolver um novo propulsor a combustão em um momento em que o mercado inteiro, inclusive o de transportes, investe combustíveis alternativos e até mesmo em modelos eletrificados. A resposta é simples: a realidade da mobilidade elétrica para o transporte rodoviário ainda é distante no Brasil, pois depende, em especial, de uma infraestrutura mais robusta de recargas públicas. 

Scania Super
(Divulgação/Scania)

Segundo Silvio Munhoz, diretor comercial da Scania, as mudanças tanto nas emissões quanto no consumo já vinham sendo feitas e a linha anterior já atendia as exigências das novas normas de emissões Proconve P8 (Euro 6), mas a Scania queria disponibilizar um avanço na economia de combustível imediato e apenas o desenvolvimento de um novo propulsor a diesel seria capaz disso.

Mas ele salienta: já estamos vivendo os últimos dias do motor a combustão e esse motor 13 litros é o último novo motor a combustão lançado pela Scania. 

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Tudo pela economia

O motor 13 litros turbodiesel da Scania, batizado de Super, recebeu grandes alterações, que foram acompanhadas por uma série de otimizações nos mais diversos sistemas do caminhão para atingir o objetivo de reduzir o consumo de combustível em 8%.

Scania Super
(Divulgação/Scania)

A primeira grande alteração dos Scania Super está no cabeçote. No lugar do comando de válvulas no bloco, com cabeçotes individuais, entra um cabeçote unificado com duplo comando (DOHC), não muito diferente de um motor seis cilindros em linha que equipe um automóvel ou picape.

Além de mais eficiente, a Scania afirma que a mudança foi necessária para suportar a maior pressão de injeção de combustível, que agora chegou a 250 bar. A Scania ainda reduziu a fricção interna dos componentes do propulsor – o que, segundo a marca, reduzirá o tempo de parada nas oficinas pela metade. 

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Scania Super
(Divulgação/Scania)

São quatro opções de potência: 420 cv, 460 cv, 500 cv e 560 cv. Além disso, o torque vai de 235 mkgf a 286 mkgf. E o torque é um capítulo à parte, pois o seu máximo é entregue a meros 900 rpm, portanto uma evolução em relação ao motor anterior e que promove muito mais agilidade nas acelerações e retomadas. 

Novas transmissões

Outra importante modificação são as novas transmissões automatizadas, ambas com 14 marchas e revestidas de alumínio e sem o uso de anéis sincronizadores – fatores que reduziram em 70 kg o peso da G25 e 60 kg da G33, que equipa os caminhões de mais de 460 cv.

Scania Super
(Divulgação/Scania)

 

A lubrificação das caixas também mudou e agora trabalham com jatos de pulverização para o novo óleo de transmissão para reduzir as perdas por bombeamento dos fluidos. Portanto, existe um reservatório de óleo na parte de baixo da transmissão e outro na parte de cima – o lubrificante é bombeado de baixo para cima para permitir a pulverização do mesmo. 

Mais de 1.000 cv de potência de frenagem

O sistema de freio hidráulico (retarder) também foi otimizado e está oferecendo 680 cv de potência de frenagem. Mas, com o novo cabeçote, ainda foi possível a instalação de um sistema de freio motor por liberação de compressão dos cilindros (CRB), adicionando mais 475 cv. Portanto, os dois sistemas juntos possuem 1.155 cv de potência de frenagem. Eu mostro um pouco do funcionamento desses dois sistemas no vídeo abaixo: 

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V8 770 - 2
(Divulgação/Scania)

A Scania também mudou o sistema de injeção de Arla 32 no sistema de escape. Agora são dois estágios, sendo o primeiro logo após a saída turbina e o outro no silencioso do escape. E ainda alterou o funcionamento do tanque de combustível, que agora trabalha pressurizado e reduz o volume morto no reservatório dos atuais 15% para 5% – isso faz com que a autonomia aumente e também haja uma redução no peso total contribuindo para um melhor desempenho e consumo. 

Scania Super
(Divulgação/Scania)

O preço da nova linha não foi revelado durante a apresentação oficial da marca para a imprensa nacional, mas além da compra a Scania também passa a oferecer o serviço de aluguel – um sistema de assinatura idêntico ao que já vemos com as marcas de automóveis. 

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