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Óleo do motor tem nova especificação no Brasil pensada nos carros híbridos

API SQ ILSAC GF-7 é a nova especificação que entrou em vigor no dia 31 de março, que ajuda a resolver problemas dos motores modernos e a economizar combustível

Por João Vitor Ferreira
Atualizado em 1 abr 2025, 15h49 - Publicado em 1 abr 2025, 14h57

Atenção motorista, pois há mudanças importantes que vão afetar o cuidado com o seu veículo. Já estão valendo as novas especificações para os óleos lubrificantes, definidas pela API (Instituto Americano de Petróleo) e ILSAC (Comitê Internacional de Padronização e Aprovação de Lubrificantes).

A partir do mês de abril, você verá novos rótulos nas prateleiras com as seguintes especificações: API SQ ILSAC GF-7. Ela substitui a antiga API SP ILSAC GF-6 (A ou B).

A nova especificação segue a evolução nos sistemas propulsores dos carros, em especial, os híbridos. Como sabemos, carros híbridos tem dois tipos de motores (a combustão e elétrico). No caso dos híbridos mais complexos, HEV e PHEV, é comum que o motor a combustão não esteja trabalhando a todo momento, ou então funcione em taxas mais baixas de rotação.

Para a economia de combustível isso é ótimo, mas para o óleo lubrificante, nem tanto. O liga e desliga do motor não permite que o óleo atinja a temperatura ideal para o sua eficiência plena, podendo acarretar em diversos problemas mecânicos no motor.

“Quando se fala de motores com Start/Stop e motores a combustão utilizados em híbridos ele tem alteração intermitente e isso traz algum desafio contra a corrosão.”, explica Thiago Veiga, gerente de desenvolvimento de produto da Vibra, produtora dos lubrificantes Lubrax.

novo óleo Lubrax — Lubrax e outras marcas já estão com os novos produtos no mercado (Lubrax/Divulgação)

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Se o motor não está quente o suficiente, não há evaporação dos líquidos do sistema, o que aumenta a incidência de corrosão. Esse é um dos problemas que as novas especificações buscam sanar.

Além disso, o novo óleo API SQ ILSAC GF-7 também foca em sanar outros problemas motores. “A norma API SQ e o ILSAC GF-7 trazem quatro grandes benefícios que a gente pode destacar. A proteção contra pré-ignição, a prevenção contra corrosão e gelificação(formação de resíduos em forma de gel), controle na formação de cinzas sulfatadas e economia de combustível.”

A gelificação é um processo que também é intensificado com o liga e desliga do motor a combustão. Já a proteção contra pré-ignição é um problema já antigo, que foi intensificado com a chegada dos novos motores turbo e com injeção direta.

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As cinzas sulfatadas são formadas com a queima do óleo lubrificante e acabam danificando o filtro de partículas e catalisadores. Desse modo, a preocupação é também com o meio ambiente, uma vez que essas peças podem operar melhor e reduzir os níveis de emissão dos veículos.

Por fim, a economia de combustível, algo que todo o motorista gosta de ouvir. Segundo a nova especificação, o óleo deve oferecer uma redução no consumo de no mínimo 3,6% nos oleos 5W30 e de 4,3% nos 0W20.

E mesmo que o novo produto tenha sido desenvolvido visando os sistemas híbridos, ele não é exclusivo desses carros.

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Os híbridos precisam de mais performance em alguns pontos específicos os dois novos produtos são mais robustos nessas características, apenas isso, mas servem para todos os veículos e podem ser aplicados mesmo em carros onde o manual ainda cita normas anteriores (API SP, SN+, SN,..) sempre mantendo a viscosidade correta indicada pelo fabricante”, explica Thiago. “Veículos com modernos motores Turbo e injeção direta terão também benefícios em se utilizar os novos produtos, pois a nova categoria trouxe novos testes de exigem que o lubrificante esteja pronto para essas aplicações”.

Mas e a correia banhada a óleo?

As correias banhadas a óleo são um problema que tiram o sono de muitos proprietários. Nesse caso, pode ficar tranquilo. De acordo com o gerente de produtos da Lubrax, a nova composição não oferece risco aos polímeros das correias dentadas banhadas a óleo dos motores nacionais.

Thiago ainda ressalta, que os testes feitos pelos órgãos americanos também levam em consideração os motores que utilizam essa tecnologia e são vendidos nos EUA. Coube a equipe brasileira fazer a sua versão adaptada ao nosso mercado.

Mas a melhoria tem um preço. No caso dos óleos Lubrax, a marca afirma que haverá um reajuste de 10% para o novo produto, que já está chegando nos pontos de venda de todo país a partir de primeiro de abril. Outras marcas como a Valvoline também já anunciaram os lubrificantes com a nova especificação também estão chegando ao mercado na mesma data.