A nova geração do Hyundai Sonata estreia em sua versão híbrida um teto solar dotado de um painel para captação de energia solar. A tecnologia será disponibilizada, em princípio, a consumidores da Coreia do Sul e da América do Norte.
Além do painel solar, será instalado um controlador de voltagem que converterá a energia do sol em uma energia elétrica utilizável para o veículo.
De acordo com a Hyundai, a nova tecnologia deve recuperar por dia entre 30% e 60% da bateria do híbrido.
Caso o sedã fique exposto ao sol por seis horas ao dia, o painel solar gerará uma autonomia extra de cerca de 1.300 quilômetros ao ano. Parece muito, mas o número equivale a uma média diária nem tão impressionante assim: 3,53 km.
O primeiro modelo da marca a disponibilizar esse tipo de tecnologia será equipado com um motor 2.0 de quatro cilindros a gasolina que gera 152 cv.
Além do motor a combustão, uma unidade elétrica fornecerá ao veículo outros 52 cv, dando ao novo Sonata uma potência combinada de 195 cv que é transmitida por um câmbio automático de seis marchas.
A Hyundai ainda prometeu que o híbrido será capaz de alcançar um consumo de 24,5 km/l.
Mas a novidade não deve ser instalada apenas no Sonata. Segundo a empresa sul-coreana, os painéis deverão ser instalados em outros veículos da marca, sendo um importante auxílio na captação de energia.
“Estamos nos esforçando para expandir a aplicação da tecnologia para além da nossa linha de veículos ecologicamente corretos, passando também veículos com motores de combustão interna”, disse o vice-presidente global da Hyundai, Hei Won Yang, segundo o site britânico Auto Express.
Não há previsão para chegada da tecnologia ao Brasil.
Esta não é a primeira vez que um automóvel tenta captar energia solar.
Supercarros como o Fisker Karma já oferecem tal recurso. Modelos da Audi dos anos 2000, idem. A primeira geração do elétrico Nissan Leaf trazia um sistema similar ao do Sonata, porém com um painel muito menor, aplicado ao spoiler traseiro do modelo.
O ineditismo está na aplicação do recurso para modelos de cunho mais “popular” feitos por uma marca generalista e com intenção de transformar o sistema em um item de larga escala.