Nova Frontier dará vida à próxima L200, mas Brasil ficará com as antigas
Mudança de geração ocorrerá em mercados como a América do Norte. Por aqui, porém, teremos somente reestilizações das picapes já existentes até 2021
A fase não é das melhores para a Nissan. A marca se vê em crise desde a prisão de seu então presidente, o brasileiro Carlos Ghosn, em 2018 por má conduta financeira.
Esta semana a aliança Renault-Nissan-Mitsubishi anunciou um plano de reestruturação global com compartilhamento de fábricas e até de plataformas entre as marcas.
Como resultado, a marca japonesa anunciou o fechamento das plantas de Barcelona (Espanha) e Indonésia, além da redução de sua capacidade produtiva e gama de produtos em 20%.
Mas nem tudo está perdido. Após a série de anúncios ruins, a Nissan decidiu mostrar que tem planos para o futuro e deu spoilers de uma série de carros que serão lançados nos próximos anos.
Para o mercado brasileiro, o maior interesse recai sobre duas novas versões da picape média Frontier. Explica-se.
O primeiro teaser é de uma reestilização do modelo, que já é comercializado por aqui atualmente, importado da Argentina. A mudança renderá à picape nova frente, com grades maiores e novas luzes em led nos faróis.
Este facelift deve ocorrer no Brasil em 2021, pouco depois de a geração atual da Mitsubishi L200 Triton também ganhar novo desenho, o que deve acontecer ainda este ano.
Já o segundo teaser revela alguns detalhes de como será a próxima geração da Frontier. Pela imagem, observamos que o carro ganhará duas luzes em led horizontais na lanterna dianteira, que serão maiores e não terão formato de “T”.
Esta versão, inclusive, servirá de base para a próxima geração da Mitsubishi L200 Triton, seguindo o plano reestruturação das marcas citado acima.
Entretanto, as próximas gerações das picapes nipônicas não devem ser lançadas no Brasil antes de 2024, isso se realmente vierem a chegar.
A demora se deve ao fato da atual geração da Nissan Frontier ter iniciado sua produção na América do Sul somente em 2018, ou seja, quatro anos após ser apresentada em outras partes do mundo.
É preciso seguir produzindo a atual geração até amortizar o investimento de US$ 600 milhões na fábrica de Córdoba. Até porque uma de suas derivadas, a Renault Alaskan, só agora começará a ser feita por lá.
Assim, é bom nos acostumarmos a conviver com Frontier e L200 renovadas nos próximos anos, mas sem uma nova geração e sem conexão de uma com a outra (ainda).
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