Com a aposentadoria de Casey Stoner e a confirmação de Jorge Lorenzo por mais dois anos na equipe oficial Yamaha Factory Racing as opções por pilotos diferenciados para defender as cores das grandes equipes estão ficando escassas. Prova disso foi a decisão de Carmelo Ezpeleta, diretor executivo da Dorna, empresa organizadora do mundial de motovelocidade, de revogar a regra que impedia pilotos novatos estrearem na categoria rainha, a MotoGP, em equipes oficiais de fábrica. Essa regra obrigou, por exemplo, Ben Spies, a disputar o seu primeiro ano na MotoGP pela equipe satélite da Yamaha, a Tech 3, antes de chegar à equipe oficial com a qual já tinha contrato assinado. As mudanças tiveram o alvará da comissão de grandes prêmios, da FIM – Federação Internacional de Motociclismo – e da IRTA, orgão que representa as equipes do campeonato.
A medida abre a porta para a subida em 2013 da grande promessa do motociclismo atual, o espanhol Marc Marquez, que há tempos vem sendo apoiado pela principal parceira de patrocínio da equipe Honda e esse ano fez a sua estreia na categoria Moto2.
Dessa forma Marquez pode chegar à categoria principal, sem ter que passar por uma equipe satélite ou pela categoria paralela, a CRT, onde competem as motos derivadas das de produção para o mercado mundial.
A Honda utilizou todo seu poder para conseguir a mudança nesta regra, mesmo que signifique contar com dois pilotos da mesma nacionalidade, os espanhóis Dani Pedrosa e Marc Marquez em sua equipe oficial.
Pode não ser uma boa estratégia de marketing para uma marca ter dois pilotos do mesmo país disputando o campeonato mas, por hora, caso o italiano Valentino Rossi não desista do projeto com a Ducati, esse parece o desfecho mais provável.