Nos primeiros nove meses de 2014 as vendas de modelos da Mini, nos Estados Unidos, caíram cerca de 20% em relação ao mesmo período do ano anterior. Este momento negativo da marca pertencente à BMW, no país, divide opiniões entre a companhia e analistas de mercado. Para a Mini, isso já era esperado.
“Nós sabíamos que isso poderia acontecer”, disse o vice-presidente da marca nas Américas, David Duncan, em entrevista ao Autonews. “Estamos recuperando o terreno perdido, será uma batalha dura. Não estaremos de volta ao lugar onde estávamos imediatamente, será uma luta ano após anos”, revelou.
A Mini acredita que o lançamento da terceira geração do seu modelo mais vendido, o Cooper, fez com que as vendas do seu antecessor despencassem, além do atraso de seis semanas na entrega dos carros ao país. O vice presidente da AutoPacific, uma empresa especializada em análise industrial, tem uma ideia diferente.
“Os modelos novos são específicos para nichos do mercado. Eles poderiam fazer um grande trabalho para a marca ao ajudar que não caiam no mesmo problema do PT Cruiser ou do New Bettle”, disse Ed Kim, explicando que modelos menos focados poderiam garantir maior sucesso. Já Tim Fleming, da Kelley Blue Book, acha que o problema seja ainda mais grave.
“Assim como outros modelos de nicho, os consumidores acabam perdendo interesse e vão atrás de outros carros ‘da moda'”. Ian Fletcher, que trabalha na IHS, uma empresa da Inglaterra, tem uma outra opinião. “O mercado dos subcompactos nos Estados Unidos é extremamente pequeno e tem um ponto onde chegará ao seu limite”.
“Talvez a Mini deva produzir veículos específicos para o mercado local e não apenas importar carros direto da Europa”, encerrou. Entre todas as possibilidades, marca e analistas concordam em apenas uma: “nossa campanha publicitária mudou e estamos trabalhando nisso para fazer ainda melhor”, disse Ducan.