Parece cada vez mais rara a venda de vans para famílias e consumidores particulares, mas a Mercedes-Benz parece acreditar nesse segmento. A alemã apresentou nesta terça-feira (26) a nova Classe T, sua van de luxo baseada na Mercedes Citan (sua versão da Renault Kangoo), com nova geração lançada em 2021.
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A Mercedes-Benz Classe T chegará, inicialmente, aos showrooms do Reino Unido, onde será vendida em versões a gasolina ou diesel. Além disso, haverá uma variante puramente elétrica, a Mercedes-Benz EQT — nova adição à família EQ — que chegará em breve.
Oportunidade lucrativa
Ainda que a Citan já tenha versão para passageiros particulares, a ideia da Classe T é elevar o nível de conforto e luxo da van, tornando-a atrativa para pessoas com poder aquisitivo e aptidão para aventuras ao ar livre, passeios mais complexos ou necessidades especiais, como transporte de animais de estimação de grande porte.
Segundo a marca, o segmento das vans particulares está, na verdade, em “crescimento significativo”, justificando o novo topo de linha da Mercedes neste mercado. À primeira vista, entretanto, parece que a alemã está guardando o melhor para a van elétrica, já que a Classe T muda bem pouco em relação à Citan Tourer.
Além de pequenas mudanças no para-choque dianteiro, retrovisores e grade frontal, o lançamento ganhou mais itens de série, como a central multimídia de 7’’ que traz a inteligência artificial da marca. Também há recursos de automação veicular de nível 2 e duas opções de couro para os assentos.
A sensação de luxo, entretanto, pode ser quebrada quando se nota o compartilhamento de partes com a Renault Kangoo, por exemplo. A van francesa é gêmea da Citan e da nova Classe T, com boa parte do painel idêntica, além de numerosos aspectos mecânicos.
“Filé” guardado para versão elétrica
Com 4,50 m de comprimento, a Mercedes-Benz Classe T leva apenas cinco passageiros, mas uma versão com entre-eixos alongado e uma terceira fileira está a caminho. Enquanto isso, quem tiver no mínimo 30.000 euros para adquirir o modelo básico terá recursos como ambas as portas traseiras corrediças e baixa altura de carregamento (56,1 cm) traseiro.
As duas versões a gasolina utilizam motor 1.3 turbo, com quatro cilindros em linha. A Classe T 160 tem 102 cv e 20,4 kgfm, com transmissão manual ou automática de dupla embreagem e sete marchas. O câmbio DCT é a única opção da T 180, que chega aos 130 cv e 24,5 kgfm. Mais potente da família, essa versão vai de 0 a 100 km/h em 11,6 s e faz, na estrada, 15,1 km/l (ciclo WLTP).
As versões a diesel utilizam apenas câmbio automático de seis marchas. Tanto a Mercedes-Benz T 160d (95 cv/26,5 kgfm) quanto a T 180d (116 cv/27,5 kgfm) vêm com motor 1.5, também com quatro cilindros.
Ainda não há detalhes sobre a EQT, que, seguindo a lógica de modelos eletrificados da Mercedes, deverá “evoluir” esteticamente da mesma forma que o EQA e EQB fizeram em relação aos GLA e GLB.