Pesquisa da Confederação Nacional do Transporte (CNT), apresentada nesta quarta-feira (9), revelou que apenas 8,9% das rodovias brasileiras estão em perfeito estado. É o pior resultado em 16 anos de pesquisa.
A maior parte das rodovias, 50,8% para ser mais exato, estão com o asfalto desgastado e 35% apresentam trincas em malha/remendas. 5% apresentam buracos e ondulações e 0,6 estão completamente destruídas.
As regiões onde estão as piores rodovias são o Norte e Nordeste, com as melhores no Sul e Centro-Oeste. Na região Norte, por exemplo, os estados do Acre e Amazonas nem sequer têm rodovias classificadas como ótimas.
Esse resultado escancara uma grande piora nas condições viárias brasileiras. Desde 2006, quando a pesquisa começou a ser feita, houve momentos de altos e baixos. Houve uma piora constante a partir de 2018, porém.
Um outro problema levantado é que o aumento do número de trechos pavimentadas no Brasil, de 2011 pra cá, foi de apenas 5,3%, sendo 0,44% e 330 km por ano. A frota total de veículos, por sua vez, cresceu 58% nesse tempo, saindo de 70 milhões para 111 milhões de veículos.
Ao todo, o Brasil tem 1.720.909,0 km de rodovias e apenas 213.500.0 km são pavimentadas, 12,4% delas.
A CNT desenvolveu a tecnologia usada na pesquisa e treina seus pesquisadores, que saem em campo para fazer a coleta de dados e após isso fazem a análise da coleta de dados. Neste ano os pesquisadores percorreram 110.333 km, divididos entre 22 equipes. Foram em 67.000 km de rodovias federais e 42.000 km de rodovias estaduais.