Você já viu que diversas montadoras já definiram uma data para abandonar os motores a combustão. A Lotus é uma dela, mas não fez isso sem antes surpreender com um último “presente” para os consumidores que gostam de ouvir o bom ronco de um motor a gasolina.
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O recém anunciado Emira é o último veículo da empresa britânica a utilizar combustíveis fósseis. Seu visual já foi revelado, mas a primeira demonstração pública será no Goodwood Festival of Speed, que acontece entre os dias 8 e 11 de julho, na Inglaterra.
Com o visual inspirado no hipercarro elétrico da empresa, o Evija, o mais novo modelo da Lotus é um “supercarro júnior”, como descreve Matt Windle, diretor administrativo da montadora. O Emira chega para ser um carro versátil, um esportivo ideal para o dia-a-dia nas ruas.
As expectativas são grandes. Não apenas pelo Emira ser o último Lotus com motor a combustão e o primeiro lançamento em mais de uma década com esse tipo de motorização, mas também por ele substituir, de uma só vez, três Lotus muito consolidados: Elise, Exige e Evora.
Comparado aos seus antecessores, o novato tem dimensões maiores: são 4.41 m de comprimento, 1,89 m de largura e 1,22 m de altura. A intenção da Lotus é que o Emira dispute clientes com modelos como o Porsche 718 Cayman.
Do Elise, o Emira herdou a tecnologia de chassi alumínio extrudado da Lotus. A diferença é que ela foi aplicada na nova arquitetura da montadora. O chassi também terá dimensões que nunca foram aplicadas antes em um veículo da Lotus, além de ser fabricado em uma instalação em Norwich, a poucos quilômetros de distância da tradicional fábrica de Hethel.
E já que esse será o último veículo a combustão, porque não fazê-lo com duas opções de motor? O primeiro, já é um conhecido dos Lotus: o V6 de 3.5 turbo fornecido pela Toyota, que equipava o Exige e o Evora. Esse trem de força gera 405 cv e tem opções de câmbio automático e manual. O zero a 100 km/h seria cumprido em cerca de 4,2 segundos.
A novidade fica por conta do quatro cilindros 2.0, construído em uma parceria da montadora britânica com a AMG, divisão esportiva da Mercedes, e emprestado do A 35 AMG. Com mudanças nos coletores, deverá passar dos 300 para cerca de 365 cv. A velocidade máxima anunciada é de 290 km/h, fazendo de 0 a 100 km/h em 4,5 segundos.
Diferente do motor Toyota, essa opção contará apenas com transmissão de embreagem dupla e oito marchas. A tração é sempre traseira.
Gavan Kershaw, diretor de atributos do veículo da Lotus, comentou: “O 2.0 litros é a unidade de quatro cilindros em linha de produção mais poderosa do mundo acoplada ao aclamado DCT da AMG com paddleshifts e modos de direção. É de alto desempenho, extremamente eficiente graças à tecnologia de ponta e oferece baixas emissões e desempenho linear. Além de tudo isso, foi ajustado internamente pelos engenheiros altamente experientes da Hethel para oferecer essa experiência Lotus distinta.”
As versões disponíveis têm dois modos de suspensão, que mudam a dirigibilidade do veículo. No modo Tour, o carro fica mais leve e confortável, sem perder a dinâmica esportiva, sendo ideal para quem utiliza o carro diariamente.
Quem optar pelo Lotus Driver Pack terá acesso ao modo Sport, uma configuração de suspensão um pouco mais rígida, que permite o motorista sentir mais o carro. Independente do pacote escolhido, a direção é hidráulica.
O interior é o que melhor mostra a evolução do Emira para os seus antecessores. Ele possui uma cabine mais espaçosa e com estilo mais contemporâneo, acabamentos aveludados que dão um ar sofisticado. A posição da alavanca de câmbio e o formato do volante, ajudam a manter a identidade esportiva do cupê.
Em questão de tecnologia, o Elmira é um dos mais avançados já produzidos pela Lotus. Ele conta com um painel moderno, com display totalmente digital de 13,2 polegadas. Junto a isso, tem um sistema de infoentretenimento com tela touchscreen de 10’’, com conectividade Android Auto e Apple CarPlay.
Outras comodidades são assentos com ajuste elétricos de quatro posições na versão padrão (aumentando para 12 na versão com banco esportivo), limpa vidros automático e controle de iluminação ambiente e de cruzeiro. Somam-se a eles, outros recursos como airbags de cortina, sensor de e estacionamento traseiro e dianteiro, partida sem chave, sistema anticolisão, alerta de fadiga e um sistema de rastreamento em caso de roubo.
As primeiras unidades estão programadas para sair na metade de 2022 com preços inferiores a $60.000 libras no Reino Unido e $72.000 euros no resto da Europa (algo superior aos R$ 400.000). A “primeira edição” contará com o V6 e será a marcada como a topo de linha.
Faixa de Preço | A partir de menos de £ 60.000 ou € 72.000 (cerca de R$ 400.000) |
Dimensões | Comprimento 4.412 mm; largura 1.895mm (espelhos dobrados); altura 1.225 mm; distância entre eixos 2.575 mm |
Motorização | 2.0 litros em linha de quatro cilindros / 3.5 litros V6 |
Transmissão | Manual, automático e DCT |
Potência | 364-405 cv |
Torque máximo | 43.85 kgfm |
Aceleração
(0-100km/h) |
Menos de 4,5 segundos |
Velocidade máxima | 290km/h |
Emissões de CO2 | Começa abaixo de 180g / km |
Peso Bruto | 1.405 kg em sua forma mais leve |
Conectividade e infoentretenimento | Tela sensível ao toque de 10,25 polegadas; navegação integrada*; Apple CarPlay / Android Auto; Sistema de áudio premium KEF Uni-Q
* não disponível em todos os mercados |
Principais tecnologias e recursos | Partida sem chave; controle de cruzeiro; limpadores com sensores de chuva; espelhos retrovisores elétricos dobráveis; assentos motorizados; Luzes exteriores totalmente LES; controle de cruzeiro adaptativo; sistema anticolisão; alerta de fadiga; informações sobre sinalização rodoviária; limitador de velocidade do veículo; aviso de saída de faixa; alerta de tráfego cruzado traseiro; assistência para mudança de faixa.
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