Se depender das previsões, o universo das montadoras japonesas deve mudar bastante até 2020. Atualmente com sete grandes marcas consolidadas no mercado, o país deverá ter esse número reduzido para apenas três (ou menos) até o final desta década, de acordo com especialistas. Diferentemente do que se pode pensar, porém, o motivo desse novo formato é totalmente capitalista e voltado à economia.
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Durante uma entrevista à agência de notícias Bloomberg, o analista Takaki Nakanishi, do Grupo Jefferies LLC, apontou que o Japão é um dos locais mais prováveis para uma grande fusão entre fabricantes de automóveis. Para Nakanishi, o país deverá manter a atual competitividade, porém com menores custos e esforços, uma vez que grandes fusões serão feitas. “É uma tendência natual para consolidar e reduzir alguns dos recursos desperdiçados”, comentou, acrescentando que tais recursos poderão ser reaproveitados em outros campos da indústria.
Ele segue apontando para fusões e parcerias já existentes, como a formada por Toyota, Subaru e BMW, que compartilham tecnologias para o desenvolvimento de um novo esportivo, a de Toyota e Daihatsu, recentemente agregadas e a de General Motors e Honda, que trocam know how para carros elétricos e híbridos. “No mercado global de hoje, é cada vez mais difícil para as montadoras para competirem em segmentos de menor volume, como de esportivos, movidos a células de combustível de hidrogênio ou elétricos”, disse Ed Kim, vice-presidente de análise industrial da AutoPacific, ao site norte-americano AutoBlog.
As três principais montadoras que, segundo Takaki Nakanishi, deverão buscar em breve juntar-se a outras, serão Mitsubishi, Suzuki e Mazda. “Para eles, uma fusão pode ser inevitável”, comentou o executivo. Restariam Toyota, Honda e Nissan (esta já associada à Renault).