Impalas furtados em São Paulo são localizados
Golpistas fingiram ser jornalistas de QUATRO RODAS para furtar clássicos
Os três Impalas que haviam sido roubados por golpistas que se passaram por jornalistas de QUATRO RODAS foram localizados. O exemplar azul já havia sido localizado na tarde da última segunda-feira, 29 de fevereiro, e os outros dois veículos foram encontrados na noite passada. Os carros foram abandonados em ruas de São Paulo e aparentemente sem danos.
Os automóveis foram roubados na madrugada do último domingo, 28 de fevereiro, em São Paulo, após um golpe detalhadamente planejado. Os proprietários foram contatados por pessoas que disseram trabalhar na QUATRO RODAS. Alegando que os veículos participariam de um suposto evento no Autódromo de Interlagos, eles orientaram seus donos a transportá-los até um galpão nas imediações do circuito – alugado por apenas um dia com documentos falsos. No dia seguinte, os veículos seriam levados de guincho até o local da suposta exibição e seus donos teriam os gastos com hospedagem e alimentação pagos durante os trabalhos – uma sessão fotográfica para uma falsa edição especial da revista.
ATENÇÃO: os jornalistas de QUATRO RODAS evitam fazer contato direto com proprietários de veículos antigos cedidos para ensaios fotográficos – preferimos ser apresentados por uma pessoa conhecida pelo proprietário. Portanto, se você é dono de um carro clássico, tome cuidado com qualquer um que se apresente como repórter, de qualquer revista: procure os canais oficiais da editora – no nosso caso, email dos editores, telefones da redação, Facebook da marca. E sempre, sempre, peça referências a algum amigo que já realizou esse tipo de ensaio. Na dúvida, jamais tire os olhos de seu automóvel antigo, pelo tempo que for.
Os ladrões planejaram o golpe cuidadosamente: além de adotarem o nome de um dos membros da publicação, eles forjaram documentos (com papel timbrado e tudo) e crachás com nosso logotipo. Até um termo de autorização de imagem foi exigido dos participantes. A carta de apresentação também soou legítima aos donos. Dias antes da retirada dos clássicos, um motoboy foi enviado à casa de cada uma das vítimas portando a credencial falsa para o evento imaginário e R$ 600 para bancar metade dos custos do guincho – o restante seria pago após o evento. Até um grupo no WhatsApp foi criado pelos golpistas, com o símbolo da publicação estampado na conversa aberta no aplicativo.
Um dos golpistas se passou por um segurança supostamente contratado por QUATRO RODAS, se apresentando como responsável por cuidar dos veículos durante a noite. Na manhã seguinte, os proprietários foram ao ponto de encontro indicado pelos ladrões. Como não encontraram ninguém, seguiram para o galpão. Ao chegar lá, o local estava deserto. O único indício da presença dos carros eram as marcas de pneu no chão.