Assine QUATRO RODAS por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Grandes Brasileiros: Chrysler Esplanada GTX era sedã esportivo – e caro

O primeiro esportivo da Chrysler no Brasil foi o Esplanada GTX, que durou pouco

Por Fabiano Pereira
Atualizado em 20 fev 2021, 00h28 - Publicado em 10 ago 2019, 21h04
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Chrysler Esplanada GTX

    Publicidade

    Sedãs esportivos, como o Honda Civic Si e o VW Jetta GLI, foram exceção no Brasil e no mundo. Versões de aparência e desempenho mais agressivo quase sempre incorporam em cupês ou hatches. O Chevrolet Opala SS, por exemplo, começou como sedã, mas logo cedeu o título para o recém-chegado cupê. Entre os quatro-portas de sangue mais quente, ainda se destacaram o FNM 2000 timb e o Chrysler Esplanada GTX.

    Publicidade

    Assim como o Esplanada, o GTX era uma evolução do Chambord que a Simca planejava quando foi adquirida pela Chrysler. O Esplanada ainda marcou a curta duração da marca Chrysler como fabricante no Brasil, entre o fim da Simca, em 1967, e o estabelecimento da Dodge, em 1969. O GTX surgiu no Salão do Automóvel de 1968, dois anos depois do Esplanada. Era sua opção mais esportiva e cara.

    Chrysler Esplanada GTX

    Publicidade
    Continua após a publicidade

    No GTX, o câmbio manual de quatro velocidades vinha com alavanca no assoalho, opcional na versão básica. O motor Emi-Sul era o mesmo V8. O GTX trazia as molduras pretas dos faróis, rodas cromadas exclusivas e faixas pretas decorativas.

    Faróis de neblina e teto de vinil vinham como opcionais. Os bancos dianteiros eram individuais e anatômicos, separados por um console que imitava jacarandá. Em vez de relógio, um conta-giros. O volante Walrod, de três raios com vazados circulares, oferecia boa pegada, apesar do aro fino. Pneus maiores fizeram o estepe roubar espaço no porta-malas.

    Publicidade

    Chrysler Esplanada GTX

    Continua após a publicidade

    No teste de QUATRO RODAS, em março de 1969, o GTX chegou a 165,19 km/h na sua melhor passagem, mas na aceleração de 0 a 100 km/h perdeu para o Regente, versão mais simples do Esplanada – 15,3 segundos, contra 14,7.

    Publicidade

    “O volante demasiado grande não facilita muito as manobras e sua caixa – exigindo pouco mais de quatro voltas para fazer as rodas esterçarem de batente a batente – também não contribui para a precisão necessária a um carro esportivo”, escreveu Expedito Marazzi.

    Chrysler Esplanada GTX

    Publicidade
    Continua após a publicidade

    Chrysler Esplanada GTX

    Outra queixa era sobre a dureza do trambulador do câmbio, embora o escalonamento das marchas permitisse uma direção muito mais fácil do veículo, por deixar o motor bem mais tempo em sua faixa útil de giros, segundo avaliou Marazzi.

    A maciez excessiva dos amortecedores prejudicou um pouco a estabilidade, preço a pagar em virtude da dureza dos grandes pneus Pirelli cinturados. Na hora de parar, os freios a tambor nas quatro rodas exigiam planejamento, pressão e fé, na expressão de QUATRO RODAS, em sua primeira edição do especial CLÁSSICOS, de 2004.

    Continua após a publicidade

    Chrysler Esplanada GTX

    Chrysler Esplanada GTX

    Chrysler Esplanada GTX

    Continua após a publicidade

    Alexandre Badolato, apaixonado colecionador e estudioso da Chrysler no Brasil, informa que a produção do GTX foi de cerca de 670 carros, todos ano-modelo 1969. “Ele vinha em quatro cores exclusivas, o vermelho Indianápolis, o azul Le Mans, o verde Interlagos e o cobre turbina, esta a mesma cor do americano Chrysler Turbine 1963”.

    O GTX foi a última palavra em carro da marca Chrysler produzido no Brasil. Depois dele, só os Dodge.

    Teste QUATRO RODAS – março de 1969
    Aceleração de 0 a 100 km/h 15,3 s
    Velocidade máxima 160,71 km/h
    Frenagem de 80 km/h a 0 27,80 m
    Consumo urbano 4 a 5 km/l
    Consumo rodoviário 5 a 6 km/l
    Preço (fevereiro de 1969) NCr$ 25.098
    Preço (atualizado IGP-DI / FGV) R$ 262.467
    Ficha Técnica
    Motor dianteiro, longitudinal, V8, 2414 cm³, carburador duplo DFV, a gasolina; diametro x curso: 66 x 88 mm; taxa de compressão: 8,5:1
    Potência 130 cv a 5.200 rpm
    Torque 20 mkgf a 3.300 rpm
    Câmbio manual de 5 marchas, tração traseira
    Suspensão Dianteira: independente, molas helicoidais. Traseira: eixo rígido com feixe de molas
    Freios tambor nas 4 rodas
    Pneus Pirelli cinturados 185 x 15
    Dimensões comprimento, 486 cm; largura, 177 cm; altura, 145 cm; entre-eixos, 269 cm; peso, 1220 kg
    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Domine o fato. Confie na fonte.

    10 grandes marcas em uma única assinatura digital

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo
    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 2,00/semana*

    ou
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba Quatro Rodas impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 12,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.