Governo pode incentivar importação de híbridos
Proposta prevê redução de alíquotas para quase zero
O governo brasileiro pode reduzir os impostos para facilitar a importação de carros híbridos para o Brasil. Segundo informações da Agência Estado, a proposta estaria sendo estudada pelos ministérios da Fazenda e do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) e prevê a fixação de uma cota de importação com alíquota próxima a zero, pelo menos nos primeiros anos de importação deste tipo de veículo no país.
Sendo assim, as montadoras habilitadas no atual regime automotivo (Inovar-Auto) que desejarem importar híbridos terão de seguir as fases seguintes do programa, que obrigam a inclusão de componentes nacionais e, finalmente, a fabricação destes automóveis no Brasil.
Seguindo as leis do governo, os híbridos importados para cá chegariam inicialmente com motores a gasolina e elétrico. No entanto, na segunda etapa eles precisariam converter o motor à tecnologia flex, permitindo o uso do etanol antes do processo de nacionalização.
A redução dos impostos para importação de carros híbridos visa aumentar a demanda por este tipo de veículo, já que os estímulos tributários permitiriam baixar tanto o preço dos modelos importados quanto os custos de produção local destes veículos. A política de incentivos aos híbridos também é apoiada pela União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), desde que os carros sejam equipados futuramente com motores flex.
A proposta estudada pelo governo é ligeiramente diferente da sugestão apresentada pela Associação Nacional de Veículos Automotores (Anfavea), que havia pedido ao governo a isenção do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) na importação de carros híbridos até 2017. A partir daí, somente as empresas que iniciassem a produção local dos automóveis continuariam desfrutando desta isenção.
Ainda de acordo com a Agência Estado, o governo realizará uma reunião com representantes da Anfavea nos próximos dias para discutir a ideia. A tendência é que uma proposta final esteja pronta até o final do mês, sendo que a medida ainda dependerá da aprovação dos ministros e da presidente da República Dilma Rousseff.