O governo francês criou uma iniciativa inédita para popularizar os carros elétricos no país: subsidiar o valor do aluguel. A ação vale para pessoas que ganham menos do que o rendimento mínimo do país. Alguns fabricantes franceses já entraram no programa e oferecem automóveis por valores a partir de 40 euros por mês, o equivalente a R$ 214. Não é necessário dar nenhuma entrada. As entregas começarão a partir do dia 1 de janeiro de 2024.
É um valor menor do que o anunciado pelo presidente Emmanuel Macron em 22 de outubro de 2022, quando o plano foi revelado. O objetivo original era oferecer pagamentos de 100 euros por mês para motoristas de renda baixa, montante equivalente a R$ 535 mensais.
Para ter acesso ao programa, os franceses interessados têm que ter renda anual de até 15.400 euros, cerca de R$ 83.000, aproximadamente cinco mil euros abaixo do rendimento anual mínimo, rodar mais de oito mil quilômetros por ano e viver a pelo menos 15 km do trabalho. De acordo com o governo do país, se levarmos em consideração apenas o padrão de remuneração, 50% dos cidadãos são elegíveis para o subsídio.
O contrato de leasing tem prazo de três anos, sendo que o carro pode ser adquirido após esse período. O acordo inclui custos de seguro e também cobertura em caso de morte, invalidez ou desemprego.
Quanto aos carros, eles precisam ser fabricados na França ou na Europa, com benefícios maiores para veículos menores. O mais barato será o novo Renault Twingo E-Tech (40 euros, incluindo aí manutenção e recarga gratuita por seis meses), seguido por Citroën e-C3 (54 euros), Fiat 500e (89 euros), Corsa-e (94 euros) e o Peugeot E-208 (99 euros). Todos têm que obedecer aos critérios mínimos de pegada de carbono.
Curiosamente, as regras permitem o aluguel de automóveis convertidos a eletricidade, desde que a conversão tenha acontecido há menos de três anos e meio. Da mesma maneira que os veículos 0km, eles serão oferecidos por meio de locadoras.