Ele pode ser maior ou menor dependendo do modelo, mas todos os carros sofrem do mesmo problema: o ponto cego. Infelizmente, ele é inevitável e necessário, já que o pilar A, que bloqueia nossa visão, é responsável por dissipar a energia ao redor dos passageiros e por evitar que o teto desabe durante as colisões.
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É um problema conhecido e é claro que as montadoras já tentaram contorná-lo de diversas formas. Uma solução interessante veio de uma jovem de 14 anos, que em 2019 instalou uma webcam e projetores para reproduzir na parte interna dos pilares a imagem do lado de fora. Um sistema parecido foi apresentado pela Jaguar Land Rover em 2014.
Já em 2017, a Toyota patenteou um “jogo de espelhos”, que refletia a imagem da rua no pilar A. Essa solução simulava uma transparência da coluna e seria mais prática e barata do que a instalação de câmeras e projetores, mas a ideia não foi pra frente.
Porém, a GM parece ser a primeira que realmente vai nos permitir ver através dos pilares. Para eliminar o ponto cego, a fabricante registrou um pedido de patente de uma coluna transparente, que consiste em uma estrutura feita de fibra, como a de carbono, por exemplo, com aberturas revestidas por uma resina ou composto transparente.
Resumindo, seria como se os pilares dos carros tivessem pequenas janelas por onde o motorista pudesse enxergar o lado de fora.
A descrição diz ainda que a parte transparente é capaz de filtrar em 50% os raios ultravioleta (UVA e UVB) e infravermelho, reduzindo os danos da luz solar aos passageiros e ao interior do veículo. As aberturas também forneceriam maior entrada de luz externa, melhorando a iluminação geral do carro.
Assim como os para-brisas modernos, essa estrutura também teria fiação elétrica, que possibilita aumentar ou diminuir a temperatura para ajudar no desembaçamento e degelo do composto. O sistema elétrico também permitiria que a parte transparente ficasse mais clara ou escura, para melhorar a visibilidade de acordo com a incidência de luz.
Claro que essa solução não é tão barata. Mas para reduzir os custos de produção, a GM cita que a fiação das aberturas seriam integradas durante o processo de moldagem. Depois, ela seria conectada ao sistema elétrico já presente no projeto inicial do veículo, permitindo integração direta e indireta na linha de montagem.
Aparentemente, a ideia ainda está bem no início e deve demorar um tempo até vermos algum protótipo. A GM também não mencionou nenhum veículo ou marca em seu pedido de patente. No fim, só nos resta esperar para saber se essa ideia vai pra frente, ou morrerá como as outras.