Falou em Goodwood, falou em Festival da Velocidade. Já são 22 anos desde que o evento foi realizado pela primeira vez, depois de ter nascido de modo muito curioso: por conta da paixão e da nostalgia de Charles Gordon-Lennox, mais conhecido como o Conde de March e Kinkara.
Não estranhe o fato. A origem dessa paixão do conde por automobilismo veio de seu avô, Freddie Richmond, ninguém menos do que o fundador do autódromo de Goodwood, em 1948. Nas décadas de 1950 e 60, o local sediou diversos eventos ligados a automóveis, incluindo as 9 Horas de Goodwood. Em 1970, uma tragédia assolou o circuito: a morte de Bruce McLaren, que fazia um teste com seu protótipo.
O local só voltaria a ficar em evidência em 1993, exatamente quando o Conde decidiu reativar as atividades automotivas na região. No dia 13 de junho, concomitantemente às 24 Horas de Le Mans, 25 mil pessoas se reuniram para acompanhar a primeira edição. O resultado foi considerado um sucesso e, no ano seguinte, o Festival passou a ter dois dias. Em 1996, o cronograma foi esticado para três dias e, por fim, o formato atual, com quatro dias, estreou em 2010.
Agora que você já conhece um pouco da origem do evento, é hora de falarmos sobre alguns fatos marcantes do Festival de Goodwood, cuja edição de 2015 se inicia nesta quinta-feira (25).
Obras de arte em que o céu é o limite
Desde 1997, uma montadora é homenageada com uma obra de arte colocada num espaço central de Goodwood. Mas não estamos falando de um quadro, não. BEM diferente disso. Gerry Judah é o responsável por criar estruturas imensas em que carros de verdade frequentemente são içados a alturas inacreditáveis, como se fossem rasgar o céu a toda velocidade. Incrível!
Subindo a montanha sem fazer manha
Quem poderia supor que um pequeno percurso, com 1,16 km de extensão, poderia se tornar tão afamado? Fato é que a subida de montanha de Goodwood sempre é um dos momentos mais concorridos do festival. Aliás, o recorde de tempo do trajeto foi anotado por Nick Heidfeld em 1999, com um McLaren MP4/13: 41,6 segundos. Você pode ver no vídeo acima.
Ícones do passado e novatos também aceleram
Quem já foi rei… Goodwood não faz distinção entre os pilotos de vasta experiência e jovenzinhos que mal iniciaram no automobilismo. Anualmente, é possível ver ícones de ontem, como Emerson Fittipaldi, Stirling Moss e John Surtees, e de amanhã, como Stoffel Vandoorne – todos eles marcaram presença na edição de 2014 do evento.
Uma boa ocasião para lançamentos
As grandes montadoras, há um bom tempo, já entenderam que o Festival de Goodwood é um evento com grande cobertura da mídia – e com grande presença de público. Assim, tem se tornado habitual a apresentação de novos modelos a cada ano, como foi o caso do McLaren 650S GT3 em 2014 e como acontecerá com o Peugeot 308 GTi em 2015.
Carros que são um luxo
Você já deve ter ouvido falar em “Concours D’Elegance”. É quando colecionadores de modelos raros se reúnem e expõem suas máquinas, mas algumas marcas também gostam de fazer lançamentos nesse tipo de ocasião. Em Goodwood, o Cartier ‘Style et Luxe’ é dividido em categorias diversas, que vão desde carros produzidos antes da II Guerra Mundial até supercarros dos anos 1990.
Voa, voa, aviãozinho
Se este é um festival de velocidade, por que não abri-lo a outros meios de transporte além de carros e motos? Aviões também fazem parte da lista de atrações de Goodwood, com seus proprietários fazendo exibições. O público em geral também pode optar por um voo de helicóptero oferecido pela organização, e que pode ser agendado previamente por meio do site oficial.