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Falta de regras do programa Mover está atrasando investimentos das montadoras

Segundo presidente da Anfavea, montadoras estão atrasando investimentos por falta divulgação das regras do IPI Verde, um dos pontos principais do Mover

Por João Vitor Ferreira
10 abr 2025, 08h53
Fábrica de Gravataí (RS) já produz Onix e Onix Plus e, em breve, terá um terceiro membro na família
Fábrica de Gravataí (RS) já produz Onix e Onix Plus e, em breve, terá um terceiro membro na família (Divulgação/Chevrolet)
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Não é apenas a queda da produção nacional no mês de março que preocupa a Anfavea. Segundo a entidade, os atrasos do programa Mover, do Governo Federal, também estão prejudicando a indústria automotiva.

O Mover visa estimular a descarbonização no Brasil, expandindo investimentos em eficiência energética, incluindo limites mínimos de reciclagem na fabricação dos veículos e cobrando menos imposto de quem polui menos, o chamado IPI verde.

O programa tem um planejamento de investimentos gradativos, iniciando com R$ 3,5 bilhões em 2024. Para 2025, o valor sobe para R$ 3,8 bilhões, passando para R$ 3,9 bilhões em 2026, R$ 4 bilhões em 2027 e R$ 4,1 bilhões em 2028. Valores esses que deverão ser convertidos em créditos financeiros.

O problema é que existe um atraso do Governo em divulgar as regras do Mover, em especial as do IPI Verde, o que estaria postergando os investimentos das montadoras e de fabricantes de autopeças no Brasil.

PORTARIA MOVER
Anunciado em 2024 pelo Governo Federal, programa Mover disponibiliza R$ 3,8 bilhões para P&D, que segundo o presidente da Anfavea são insuficientes (Reprodução/Internet)
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Mas não é apenas isso, outros fatores também colaboram para o atraso dos investimentos no Brasil. Por exemplo, a não antecipação dos 35% de Imposto de Importação de veículos eletrificados, a falta de recursos para pesquisa e desenvolvimento e as novas taxas anunciadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump

“O atraso de um ano na regulamentação do Mover e a manutenção de incentivos para a importação de eletrificados tem gerado atraso nos investimentos. Não temos números exatos de quanto já foi postergado, mas há empresas revisando planos no Brasil, incluindo tanto montadoras como autopeças”, explica o atual presidente da Anfavea, Márcio Lima Leite.

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Sobre o Mover, afirma que os R$ 3,8 bilhões liberados ainda não são suficientes para a indústria. Já sobre as tarifas de importação, Lima Leite diz não entender o porquê do Governo não antecipar o aumento na alíquota, uma vez que o Brasil é o país com a menor taxação do mundo nesse aspecto.

Do outro lado, o presidente da Anfavea também disse que existe uma pressão dos chineses para que o Governo diminua as tarifas para importação de carros desmontados e produzidos aqui nos regimes SKD ou CKD. Esses serão os principais métodos de produção das primeiras montadoras chinesas a se instalarem por aqui.

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