A situação do Chevrolet Camaro é preocupante. A sexta e mais recente geração do modelo está no mercado desde 2016 e sofreu poucas mudanças desde então. Apesar de outros modelos, como o Ford Mustang, serem mais novos e terem recebido um facelift, o Camaro não passou por mudanças profundas, o que deixa o modelo atrás na corrida contra seus competidores.
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Dentro do segmento de muscle cars o Mustang é o líder de vendas, seguido pelo Dodge Challenger. O terceiro lugar fica para o Camaro, mas não é apenas isso que desperta um alerta. A queda drástica nas vendas nos Estados Unidos preocupa ainda mais a fabricante e os fãs do modelo.
De acordo com um levantamento interno da GM, as vendas do Camaro tiveram o seu pior primeiro trimestre em uma década. Para efeito de comparação, no primeiro quarto de 2010, o modelo teve 20.757 unidades vendidas em território americano. O mesmo período em 2021 aponta um dado assustador, já que apenas 7.089 Chevrolet Camaro foram vendidos nesse período.
No Brasil, o esportivo teve apenas 30 emplacamentos de janeiro a maio, entre as versões cupê e conversível.
O Camaro teve o pico de vendas no primeiro trimestre de 2012, com 21.924 unidades vendidas. Esse número permaneceu estável até 2017, ano no qual foi observada uma queda estrondosa nas vendas, que baixaram ao patamar de 15 mil unidades.
A GM não pode culpar nem a crise dos chips e semicondutores, que fez com que a linha de produção do Camaro ficasse parada, porque a enfática queda começou antes desse período.
A melhor alternativa para a empresa seria lançar uma sétima geração o mais rápido possível, mas aparentemente isso não acontecerá. Após o visual polêmico da grade no facelift de 2019, alguns rumores apontavam que o modelo não receberia uma nova geração e que seria descontinuado em 2023.
Depois desta notícia, novas especulações surgiram indicando que ele ganharia uma sobrevida e duraria até 2026. Contudo, com os números de vendas em queda livre, será difícil dar prosseguimento ao projeto tradicional do Camaro.
Há muitas explicações para esse número baixo. É evidente que, quando a quinta geração foi lançada, em 2010, o muscle era muito esperado já que havia passado pelo fim da sua produção em 2002. Além disso, tinha apelo mais retrô, com visual inspirado em suas gerações mais icônicas.
Com a sexta geração lançada em 2016, apesar do modelo possuir uma plataforma de tração traseira, o visual não passou por mudanças significativas, o que foi alvo de críticas por parte dos fãs assim que o “novo” visual foi apresentado.
Para retomar os dias de glória do muscle, uma possibilidade para, ao menos competir com o Mustang e o Challenger nas vendas, é ir em direção a eletrificação total. Isso vai contra a política adotada pela empresa para o Camaro, mas pode ser a sua salvação. Por enquanto, a previsão para o futuro do Chevrolet Camaro não é nada boa.