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DAS: os detalhes do novo sistema da Mercedes que promete revolucionar a F1

Equipe Mercedes de F1 cria sistema que permite ao piloto alterar a geometria da suspensão, melhorando o comportamento do carro

Por Renan Bandeira
Atualizado em 7 set 2020, 14h07 - Publicado em 7 set 2020, 13h31
(Ilustração/ Otávio Silveira/Quatro Rodas)

O melhor equilíbrio entre perdas e ganhos é o que busca qualquer equipe de esporte a motor. Imagine, então, dentro da F1, onde milésimos de segundo justificam o investimento de milhões de dólares.

A equipe Mercedes-AMG Petronas imaginou e criou o DAS, um sistema capaz de alterar a geometria da suspensão dianteira por meio de um movimento telescópico do volante – como se fosse um ajuste de profundidade –, aplicado pelo piloto com o carro em movimento.

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Em tradução livre, DAS significa, não à toa, Condução em Eixo Duplo. O novo dispositivo representa, na prática, a possibilidade de o piloto alterar a geometria da suspensão em dois modos: ideal para curvas e ideal para retas.

Acontece que essa geometria de trabalho tem uma característica muito explícita: nos sistemas fixos, se você ajusta a geometria para melhorar o contorno de curvas, o carro perde velocidade em reta – e vice-versa.

A Mercedes fez o DAS com um olho nas regras e o outro no compromisso entre velocidade e estabilidade. Como o regulamento proíbe ajustes no sistema de suspensão – e o DAS altera a geometria atuando no conjunto de direção –, nada pode ser feito contra a Mercedes.

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Mas só por enquanto, pois a FIA ja avisou que as regras para 2021 serão alteradas e que o recurso criado pela equipe alemã será proibido.

Bom nas retas

Ao rodar com ângulo zerado, ou seja, com a banda de rodagem apoiada por igual no asfalto, o efeito de esfregamento é anulado.

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O resultado é uma rolagem  mais solta do conjunto dianteiro, com consequente  (e relevante) ganho de velocidade final em retas.

Bom nas curvas

Ao rodar com o acerto (mais) negativo das rodas dianteiras, o carro ganha em capacidade de contorno de curva, uma vez que, durante o contorno, permite ao pneu do lado externo rodar com maior área de  contato, resultando em maior estabilidade.

Nas retas, esse acerto limita a velocidade.

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Efeito colateral

(Ilustração/ Otávio Silveira/Quatro Rodas)

O sistema de direção em eixo duplo trouxe um outro benefício para a Mercedes.

A possibilidade dos dois acertos do ângulo das rodas frontais faz com que  os pneus trabalhem com melhor distribuição de temperatura na superfície de contato com o asfalto.

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Como consequência, há menos chances de surgirem bolhas por excesso de calor num ponto específico.

Acerto padrão

(Ilustração/ Otávio Silveira/Quatro Rodas)

Com o volante na posição original, mais à frente, o Mercedes W11 é um carro normal, com rodas dianteiras trabalhando em ângulo negativo.

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Ao entrar nas retas, porém, o piloto puxa o volante em sua direção, trazendo junto a coluna de direção e os braços de ligação com as rodas.

Apesar de curto, esse movimento é suficiente para diminuir ou zerar o ângulo original. No fim da reta, basta empurrar o volante e usufruir do acerto ideal para curvas.

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