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Crise na VW aumenta e empresa fechará fábrica do Audi Q8 e-tron na Bélgica

Depois de anunciar o fechamento de três fábricas na Alemanha, Grupo VW tem data para fechar a fábrica da Audi em Bruxelas, onde é produzido o Q8 e-tron

Por João Vitor Ferreira
Atualizado em 31 out 2024, 14h43 - Publicado em 31 out 2024, 13h00
fábrica da Audi de Bruxelas, na Bélgica
Audi Q8 E-Tron na fábrica de Bruxelas, na Bélgica (Divulgação/Audi)
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A situação da Volkswagen não está boa. Depois de anunciar o possível fechamento de três fábricas na Alemanha, algo inédito na sua história, agora a montadora também fechará uma unidade da Audi em Bruxelas, na Bélgica.

A planta belga, que atualmente produz apenas o Audi Q8 e-tron, continuará em atividade até o dia 28 de fevereiro de 2025, quando fechará suas portas. Ao todo, 3.000 funcionários estão com seus empregos em risco e, claro, isso gerou revolta dos sindicatos.

A intenção da Audi é encerrar a produção do SUV elétrico e colocar a fábrica à venda. Enquanto isso, o Grupo Volkswagen busca investidores e alternativas para manter a planta funcionando, porém, a empresa diz que nenhuma das 26 ofertas oferecidas eram viáveis, segundo relatou o Automotive News Europe. Os sindicatos, por outro lado, dizem que a empresa é muito resistente para considerar outras ofertas.

fábrica da Audi de Bruxelas, na Bélgica
Planta belga foi inaugurada em 1949 e será fechada em 2025 (Divulgação/Audi)

A revolta pelo fechamento da fábrica já provoca comoção há um tempo. Desde o mês passado, grupos sindicalistas vêm promovendo manifestações nas ruas de Bruxelas e alertam que mais greves e protestos ainda estão por vir.

Para eles, o verdadeiro problema não é o público que rejeita os carros elétricos, mas sim as empresas que focam na produção e desenvolvimento de modelos caros — como o próprio Q8 E-Tron, que parte dos 80.000 euros na Europa.

Problemas vão além da Europa

Pela primeira vez em seus 87 anos de história, a Volkswagen fechará uma fábrica na Alemanha. Embora a montadora não tenha afirmado quais são, estima-se que ao menos 300.000 pessoas perderão seus empregos. A situação é tão séria que o chefe financeiro da empresa, Arno Antlitz, já anunciou que eles têm mais um ou dois anos para salvar a marca VW.

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Parte desse problema vem da China, não só pela chegada de montadoras à Europa com preços mais competitivos, mas também pela perda de espaço da VW no país asiático. 

Antes, a China era o principal mercado da Volks no mundo. Porém, eles perderam a liderança no país em 2023 e, agora, até cogitam fechar duas fábricas no país, operadas em parceria com a SAIC.

fábrica da Audi de Bruxelas, na Bélgica
(Divulgação/Audi)

Já na Argentina, a situação parece estar começando a se complicar. Documentos vazados revelam que o Taos pode ter sua produção encerrada no Complexo de General Pacheco, passando a vir importado do México. 

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Por outro lado, no Brasil, as coisas andam melhores. A Volkswagen anunciou um investimento de R$ 16 bilhões no Brasil, para suas quatro fábricas, em São Bernardo do Campo (SP), São Carlos (SP), São José dos Pinhais (PR) e Taubaté (SP).

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