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Crash-test compara Peugeot 207 brasileiro com europeu

Latin NCAP apontou falhas de segurança no modelo nacional

Por Vitor Matsubara
Atualizado em 9 nov 2016, 12h01 - Publicado em 28 ago 2012, 12h50
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    Após comparar os resultados de testes de colisão entre o Nissan Micra europeu e o similar March fabricado no México (e importado para o Brasil), o Latin NCAP realizou uma nova comparação envolvendo o Peugeot 207 brasileiro e o europeu – que se encontra uma geração à frente, apesar de usar o mesmo nome.

    Os resultados obtidos após os crash-tests foram preocupantes. O 207 brasileiro conquistou apenas uma estrela em cinco possíveis, índice que sobe para duas estrelas quando equipado com airbag duplo frontal. Já o 207 fabricado na França saiu com cinco estrelas quando equipado com seis airbags (dois frontais, dois laterais e dois do tipo cortina).

    “Temos certeza de que os veículos vendidos na América Latina e no Caribe têm 20 anos de defasagem em relação aos equivalentes europeus e norte-americanos. Visualmente, parece não haver diferença entre os modelos, mas os resultados são muito diferentes quando testados”, afirmou Nani Rodríguez, secretária-executiva do Latin NCAP.

    Segundo o órgão, a polêmica escolha do Peugeot 207 para a comparação foi feita justamente pelo fato do carro apresentar projetos distintos, já que o modelo brasileiro é uma reestilização que “copia” a dianteira do 207 europeu, mas feita sobre a plataforma do 206. O 207 francês, por sua vez, é um projeto completamente distinto do brasileiro e deve ser aposentado em breve com a chegada do recém-lançado 208.

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    Além de evidenciar a falta de segurança do modelo brasileiro, o Latin NCAP também apontou uso de materiais distintos na produção dos veículos.

    “Encontramos diferenças nos componentes, nos metais empregados e em toda a estrutura dos veículos. Isso significa que quem compra um automóvel na América Latina está claramente menos protegido nas ruas que o consumidor que leva para casa o mesmo modelo na Europa e nos Estados Unidos”, declarou Rodríguez.

    “Na América Latina os equipamentos de segurança tendem a estar associados aos elementos de luxo de um veículo. Os clientes que desejarem ter airbags frontais terão que pagar a mais por uma versão equipada com rodas maiores, ar-condicionado digital e bancos de couro. Os consumidores dos países da região tendem a acreditar que ABS e airbags frontais são itens de luxo”, concluiu.

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    Veja abaixo os vídeos do crash-test do 207 brasileiro (chamado pelo Latin NCAP de Compact) e o teste do 207 europeu, realizado pelo Euro NCAP (equivalente ao Latin NCAP na Europa):

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