Ford e Volkswagen anunciaram hoje os detalhes de sua aliança global.
Agora está definido que as duas fabricantes desenvolverão vans comerciais e pickups médias em conjunto, e pretendem colaborar entre si no desenvolvimento de veículos elétricos, autônomos e de serviços de mobilidade.
Os resultados do esforço conjunto das duas fabricantes deverá ser visto a partir de 2022, quando os primeiros modelos desenvolvidos em conjunto chegarão às concessionárias.
O principal objetivo desta aliança é dividir custos de desenvolvimento, obter economia de escala e aumentar a competitividade e a capacidade produtiva de seus veículos comerciais, mas mantendo a identidade de cada marca.
Em 2018, as vendas de veículos comerciais das duas marcas somaram mais de 1,2 milhão de unidades. As duas empresas esperam bom crescimento do segmento para os próximos cinco anos.
Amarok com base de Ranger
Conta-se que a cerca que separa as fábricas da Volkswagen e Ford na avenida Henry Ford, em General Pacheco, Argentina, já começou a ser derrubada. Isso porque o local será peça chave para a nova aliança na América Latina.
Heranças dos tempos da joint-venture Autolatina, que existiu entre 1987 e 1996, as fábricas vizinhas produzem as picapes médias das duas empresas.
As próximas gerações de Volkswagen Amarok e Ford Ranger, previstas para 2022, usarão o mesmo chassi, que será desenvolvido pela Ford. Fontes ouvidas por QUATRO RODAS revelam que a Ranger é mais lucrativa que a Amarok e manter isso é importante para o sucesso da aliança.
Kombi da Ford
A Volkswagen Transporter vendida hoje na Europa nada mais é do que a sexta geração da saudosa Kombi. Com esta aliança global, Ford Transit e Volkswagen Transporter serão derivadas do mesmo projeto, cujo desenvolvimento ficará sob responsabilidade da Ford.
À Volkswagen caberá o desenvolvimento das novas vans urbanas que substituirão os Volkswagen Caddy e Ford Transit Connect. Este novo carro terá plataforma modular MQB semelhante a usada pela nova geração do Touran.
Ao contrário do que aconteceu na Autolatina, esta aliança não contempla troca de ações entre as empresas.