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Como a alta do dólar afeta o preço dos carros, mesmo nacionais

Alta do dólar deve encarecer carros novos, mesmo os nacionais e fabricantes já pedem corte de impostos para estimular as vendas

Por Guilherme Silva
Atualizado em 13 mar 2020, 07h00 - Publicado em 13 mar 2020, 07h00
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  • Mesmo carros nacionais têm muitos componentes importados e pagos em dólar (Renato Pizzuto/Quatro Rodas)

    Após superar pela primeira vez a barreira dos R$ 5, a cotação do dólar assustou quem pretende viajar para o exterior e alguns setores da economia, entre eles o automotivo.

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    E essa escalada da moeda norte-americana deverá impactar os preços dos carros fabricados no Brasil, uma vez que boa parte dos componentes são importados – um modelo de entrada, por exemplo, chega a ter 40% de peças vindas de outros países.

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    De acordo com dados do Ministério da Economia, o Brasil importou US$ 13,2 bilhões em componentes automotivos em 2019. Investimento de R$ 52,8 bilhões, considerando a cotação na faixa de R$ 4 no começo de janeiro.

    Mantendo a projeção de vendas de 3 milhões de veículos em 2020, a Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) calcula que as montadoras gastariam este ano R$ 60,7 bilhões em componentes se a cotação do dólar fosse mantida nos R$ 4,60 registrados na última semana.

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    Essa diferença refletiria, em média, cerca de R$ 2.640 a mais no custo de produção de cada veículo, sem contar qualquer tipo de margem – valor que pode variar de acordo com a quantidade de peças importadas.

    O cenário tende a piorar com a pandemia do coronavírus, uma vez que os nossos principais fornecedores de autopeças já sofrem com a paralisação de diversos setores econômicos devido o avanço da covid-19.

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    Um carro de entrada pode ter 40% de seus componentes importados (Divulgação/Hyundai)

    Em 2019, a China forneceu 13% dos componentes usados pelas montadoras no Brasil, seguida pela Alemanha (12%), Estados Unidos (9%), Japão (8%), Argentina e Coreia do Sul (7% cada), México (6%), Tailândia e Itália (3%).

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    A Anfavea diz que o Brasil precisa tomar providências ao invés de depender apenas da variação cambial para estimular a economia. Segundo a entidade, vários países já adotaram medidas, como redução de taxas de juros.

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    Já a Alemanha anunciou que subsidiará os salários de empregados de empresas em dificuldades, concederá empréstimos e até cortará impostos temporariamente.

    Para a Anfavea, a retirada ou redução de impostos regulatórios, como o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), poderia aliviar o custo dos automóveis para o consumidor.

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    Por exemplo: um carro de R$ 65 mil com 80% do valor (R$ 52 mil) financiado em 48 meses acaba saindo por R$ 79.243 ao somar tarifas de cadastro e avaliação de bens, registro de contrato, taxas de juros de Pessoa Física (1,51% ao mês) e o IOF. Nesse caso, o imposto representa 3,39% (R$ 1.760) do financiamento.

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