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Clássicos: Toyota Avalon – o mais americano dos sedãs japoneses

Espaçoso e muito confortável, o Avalon tinha como premissa reunir as características mais apreciadas pelo mercado dos Estados Unidos

Por Felipe Bitu
Atualizado em 25 ago 2020, 15h07 - Publicado em 18 ago 2020, 08h54
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    Avalon tinha motor V6 e tração dianteira (Christian Castanho/Quatro Rodas)

    Presente nos Estados Unidos desde 1957, a Toyota logo percebeu que automóveis compactos adequados às estreitas vias japonesas não fariam muito sucesso nas largas estradas daquele país.

    O que ela não imaginava é que décadas de melhorias contínuas resultariam em um modelo dedicado exclusivamente aos norte-americanos: o enorme Avalon.

    Estrela do Salão de Chicago de 1994, o Avalon surgiu com a missão de substituir o tradicionalíssimo Toyota Cressida e assim aposentar conceitos considerados defasados como o motor de seis cilindros em linha e a tração traseira.

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    Primeira geração foi lançada no Salão de Chicago de 1994 (Christian Castanho/Quatro Rodas)

    Sinônimo de eficiência, a tração dianteira era o novo padrão de Detroit e já equipava os Dodge Intrepid, Oldsmobile 88 e Buick LeSabre.

    Baseado no Toyota Camry de terceira geração, o Avalon foi desenvolvido a partir de um redimensionamento da plataforma XV10, que recebeu cerca de 10 cm entre os eixos.

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    Com 4,83 metros de comprimento, 1,78 de largura e 1,44 de altura, ele era ligeiramente maior que o Camry e os modelos intermediários da concorrência como os Ford Taurus e Chevrolet Lumina.

    O resultado foi um espaço interno de 120,9 pés cúbicos (3.423 litros), entre passageiros e bagagem, um volume acima do requisito mínimo para configurá-lo como um sedã full-size pelos critérios da Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (EPA).

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    (Christian Castanho/Quatro Rodas)

    O comprimento total do habitáculo superava 2 metros, similar ao do requintado Lexus LS 400.

    Nenhum detalhe do Avalon lembrava sua ascendência japonesa: o sedã, produzido no coração dos EUA, em Georgetown, Kentucky, era capaz de transportar seis adultos confortavelmente em dois bancos inteiriços graças à alavanca de transmissão na coluna de direção. Uma versão de cinco lugares com alavanca no console central também foi oferecida.

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    Sob o capô estava o mesmo motor 1MZ-FE do Camry, um V6 de 3 litros recalibrado para render 192 cv, sempre acoplado a uma transmissão automática de quatro velocidades.

    O Avalon pesava cerca de 160 kg a mais que seu irmão menor, mas sua performance ainda era adequada ao segmento: 0 a 100 km/h em 8,3 segundos e máxima de 210 km/h.

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    Telefone a bordo era um luxo que bem poucos modelos ofereciam na época (Christian Castanho/Quatro Rodas)

    O acerto da suspensão independente nas quatro rodas indicava o conforto como prioridade sem abrir mão do comportamento dinâmico, com destaque para a oferta do controle de tração.

    A potência subiu para 202 cv em 1997, mesmo ano em que o freio ABS se tornou equipamento de série. Uma leve reestilização ocorreu no ano seguinte, marcada pela adoção dos airbags laterais.

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    Foi exportado para o Canadá, Oriente Médio e até Japão, onde seu sucesso foi limitado por conta dos impostos que penalizam carros grandes de elevada cilindrada.

    Produzido durante cinco anos na Austrália, onde encarou grande resistência dos consumidores acostumados à tração traseira dos Ford Falcon e Holden Commodore.

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    O banco inteiriço conseguia acomodar três adultos com conforto (Christian Castanho/Quatro Rodas)

    A segunda geração foi apresentada em setembro de 1999 e adicionou variadores de fase ao motor 1MZ-FE, agora com 210 cv.

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    O Avalon reunia o conforto de rodagem dos automóveis norte-americanos a um elevado nível de acabamento, entregue por um valor muito mais acessível do que o cobrado pela divisão de luxo da Toyota, a Lexus.

    Era o sedã familiar favorito de publicações não especializadas, mas sempre criticado pelo seu caráter funcional demais: entusiastas o definiam como “um carro sem emoção”.

    Coincidência ou não, a terceira geração oferecida em 2005 aposentou o banco dianteiro inteiriço e adotou o motor 2GR-FE, um V6 de 3,5 litros com 280 cv.

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    Mesmo com tração dianteira, havia um grande túnel de transmissão (Christian Castanho/Quatro Rodas)

    O câmbio automático sequencial de cinco marchas garantia o 0 a 96 km/h em 6 segundos. Foi o primeiro Avalon a superar os 5 metros de comprimento e 1.600 kg de peso: o controle de estabilidade era um dos opcionais mais requisitados.

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    A quarta geração deu as caras em 2013 e foi a primeira a oferecer versão híbrida, combinando o motor elétrico a um motor de quatro cilindros 2.5, totalizando 200 cv.

    O modelo 2019 marcou a vinda da quinta geração, diferenciando-se do Camry apenas pelo acerto de suspensão mais suave. A exceção fica com a versão esportiva TRD, com rodas de 19 polegadas e suspensão mais baixa e mais firme.

    Ficha Técnica

    Toyota Avalon 1996

    Motor: 6 cilindros em V de 3 litros, 29 kgfm a 4.400 rpm, 192 cv a 4.400 rpm
    Câmbio: automático de 4 velocidades
    Carroceria: fechada, 4 portas, 6 lugares
    Dimensões: comprimento, 483 cm; largura, 178 cm; altura, 144 cm; entre-eixos, 272 cm, peso, 1.490 kg
    Desempenho: 0 a 100 km/h: 8,3 s; velocidade máxima de 210 km/h

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