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Clássicos: Ford Bronco, primeiro SUV da marca, é raiz e cheio de valentia

Feito para enfrentar qualquer situação, o primeiro utilitário esportivo da Ford marcou época e ainda hoje provoca suspiros

Por Felipe Bitu
Atualizado em 9 jul 2020, 19h26 - Publicado em 9 jul 2020, 07h00
O jipe tinha vidros planos para reduzir seu custo de produção (Christian Castanho/Quatro Rodas)

Bronco é a denominação dada a cavalos selvagens, nome perfeito para um utilitário vocacionado tanto ao trabalho quanto ao lazer.

Idealizado por Donald Frey e Lee Iacocca (criadores do Mustang), o Ford Bronco foi lançado em agosto de 1965 com a árdua missão de enfrentar Jeep CJ-5 e International Harvester Scout.

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O Bronco era o mais civilizado dos três graças à suspensão dianteira com molas helicoidais.

Esse importante avanço proporcionou um conforto de rodagem incomum para um fora de estrada e uma redução considerável no seu diâmetro de giro, facilitando também o uso urbano.

Molas helicoidais na suspensão dianteira (Christian Castanho/Quatro Rodas)

Utilitário esportivo, sim, pois entre as três opções de carroceria do Bronco estava a Sports Utility, uma simpática picape de cabine fechada com 2,34 metros entre os eixos.

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A versatilidade da linha era reforçada pela carroceria Wagon (totalmente fechada) e pela Roadster, com para-brisa basculante e sem capota e portas laterais.

Em todas as versões o motor era o Ford de seis cilindros em linha, 2,8 litros, com 105 cv e 90% do torque máximo a baixos 1.000 rpm.

O câmbio manual de três marchas tinha alavanca na coluna de direção e a tração 4×4 era do tipo temporária, com caixa de transferência Dana 20 de duas velocidades (normal e reduzida) acionada por uma única alavanca no assoalho.

A capota da primeira geração era totalmente removível (Christian Castanho/Quatro Rodas)

Detalhe interessante: o carburador de corpo simples foi projetado para manter o nível da cuba estável em qualquer desnível do fora de estrada.

O filtro de ar banhado a óleo era específico para serviços pesados e os freios a tambor nas quatro rodas não tinham assistência. Em 1966, o V8 Windsor de 4,7 litros e 200 cv entrou para a lista de opcionais.

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Essa mesma lista oferecia capota de lona (para o Roadster), banco traseiro, bancos dianteiros individuais, rádio, ar quente, para-choques cromados, calotas e largos pneus 9.15×15.

A rede de concessionárias oferecia acessórios como roda livre, engate para reboque, conta-giros, guincho e até uma lâmina dianteira para remoção de neve.

Em 1969, o V8 Windsor teve sua cilindrada ampliada para 5 litros, mesmo ano em que a GM apresentou o Chevrolet Blazer como resposta ao Bronco.

Acabamento simples, porém bem executado (Christian Castanho/Quatro Rodas)

Em 1973, o motor de seis cilindros cresceu para 3,3 litros e a lista de opcionais passou a oferecer direção hidráulica e câmbio automático.

Freios dianteiros a disco só foram oferecidos em 1975, pouco tempo após a chegada de Jeep Cherokee, Dodge Ramcharger e Plymouth Trail Duster.

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O modelo 1978 inaugurou a segunda geração do Bronco, agora um derivado das picapes da Série F.

Os 30 cm a mais entre os eixos o deixaram maior e mais confortável que o antecessor, mas o acréscimo de peso (mais de meia tonelada) fez com que a Ford oferecesse apenas motores V8 de 5,8 e 6,6 litros.

A tração 4×4 poderia ser do tipo temporária ou permanente e pela primeira vez havia a opção do ar-condicionado.

O banco traseiro era opcional em qualquer versão (Christian Castanho/Quatro Rodas)

A segunda crise energética, de 1979, acelerou a estreia da terceira geração em 1980 e marcou o retorno dos motores de seis cilindros de 4,9 litros e dos V8 da família Windsor.

Seu maior avanço foi a suspensão dianteira independente acoplada a um robusto eixo Dana 44. O V8 aposentou o carburador em favor da injeção eletrônica em 1985.

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Freios ABS nas rodas traseiras eram item de série da quarta geração, iniciada com o modelo 1987.

Além da renovação de estilo, a tração 4×4 agora poderia ser acionada por dois botões no painel e o câmbio manual passava a ter cinco marchas.

Uma pequena reestilização marcou a quinta geração em 1992, pouco antes da oferta dos freios ABS nas quatro rodas e do airbag para o motorista.

V8 Windsor de 4,7 litros e 200 cv (Christian Castanho/Quatro Rodas)

A preferência por utilitários esportivos de quatro portas fez o Bronco sair de cena em 1996. De lá para cá, a Ford apresentou uma série de conceitos sobre sua proposta original, mas nenhum vingou.

Agora, tudo indica que a sétima geração será apresentada ainda em 2020, desta vez baseada na plataforma da Ford Ranger.

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Ficha Técnica – Ford Bronco 1967

Motor: gasolina, 8 cilindros em V, de 4,7 l; 38 kgfm a 2.400 rpm; 200 cv a 4.400 rpm
Câmbio: manual de 3 marchas
Carroceria: fechada, 2 portas, 4 lugares
Dimensões: comprimento, 386 cm; largura, 175 cm; altura, 182 cm; entre-eixos, 234 cm peso, 1.550 kg
Desempenho: 0 a 100 km/h em 11 s; velocidade máxima de 155 km/h

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