Desde 1994, toda fabricante de automóveis e comerciais que deseja se instalar na China é obrigada a formar parcerias no formato de joint-venture com montadoras locais. A partir do primeiro dia de 2022, porém, a regra deixará de existir, segundo o Ministério do Comércio da China. Assim, as marcas poderão ter operar de forma independente no mercado chinês.
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Quando a obrigatoriedade foi criada, a regra era de que as marcas estrangeiras firmassem parcerias de proporção 50:50 com as locais. As normas passaram por um afrouxamento em 2018, quando o governo chinês passou a permitir uma taxa máxima de propriedade de 70% para as empresas de fora – na época, a BMW aumentou a sua participação na Brilliance em uma negociação de US$ 4,2 bilhões.
A obrigatoriedade de joint-ventures foi criada como uma medida de protecionismo à indústria chinesa, permitindo que os lucros e as tecnologias das marcas locais ficassem na China, benefício para governo e para as próprias empresas.
Outra vantagem ao governo vem pela propriedade estatal das maiores fabricantes de automóveis no país, como SAIC, FAW, BAIC, Dongfeng e Shangan, pelas quais marcas como Honda, Renault, General Motors, Nissan e Volkswagen se estabeleceram no mercado chinês. Assim, estas e outras marcas poderão assumir a independência de suas operações.