Chevrolet Cruze está de volta, agora baseado no Monza chinês e mais fraco que Onix
Sedã é rebatizado para o Oriente Médio e terá motor 1.5 de 113 cv, mas não deve aparecer no Brasil

A Chevrolet deixou de lado o segmento dos sedãs médios quando tirou o Cruze de linha. A marca até tem um outro sedã no mercado chinês com porte parecido, o Monza. Até agora restrito à China, o modelo começa a chegar a outros países, rebatizado como “novo Cruze”.
Anunciado para o Oriente Médio, embora ainda sem muitos detalhes, o novo Chevrolet Cruze mostrado nas imagens é do Monza chinês, revelando que não será um modelo original. Em 2021, a Chevrolet entou o mesmo, mandando o Monza para o México, onde foi batizado como Cavalier, porém saiu de linha rapidamente.

A estratégia não é bem uma surpresa, considerando que a fabricante tem importado carros da China e renomeando com batismos bem conhecidos. Um exemplo é o Captiva EV, que chegará ao Brasil no final do ano e que é, na verdade, o Wuling Starlight S. Embora o Spark nunca tenha sido vendido por aqui, é um nome famoso da marca, que batizava um subcompacto e agora será usado pela versão ocidental do Baojun Yep Plus.
Pelas imagens, o Cruze só será um novo nome para o Monza, mantendo todo o design, equipamentos e até a motorização. O site oficial no Oriente Médio diz que terá um motor 1.5 aspirado de quatro cilindros, gerando 113 cv e combinado a uma transmissão automatizada de dupla embreagem e seis marchas. É mais fraco que o motor 1.0 turbo do Onix 2026, que tem 116 cv.

Este 1.5 será o único motor, enquanto o Monza é vendido na China também com o 1.3 turbo de 125 cv, com uma variante híbrida leve de 48V que chega a 163 cv.

O sedã será vendido em duas versões no Oriente Médio. O Cruze LS já contará com quadro de instrumentos digital de 10,25”, central multimídia de 10,25” e câmera de ré, porém somente com dois airbags e acabamento de tecido. A configuração LT troca o tecido por couro e adiciona teto solar, assistente de estacionamento e quatro airbags.
Essa estratégia não será repetida no Brasil, apesar de volta e meia um boato aparecer nas redes sociais. O carro chegaria muito caro importado e a Chevrolet já deu sinais de que não pretende voltar para o segmento dos sedãs médios, que encolheu consideravelmente nos últimos anos.