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Carro novo fica 5% mais caro em maio, mas preço do usado cai 2%

Seminovos que eram tidos como saída para os compradores cautelosos tornaram-se bens de liquidez para manter lojas abertas

Por Renan Bandeira
Atualizado em 15 set 2020, 18h06 - Publicado em 10 jun 2020, 07h00
(Divulgação/Ford)

A KBB Brasil divulgou a segunda edição do Monitor de Variação de Preços (MVP) nesta semana. O levantamento é feito com base na análise de 22.070 versões com objetivo de medir as tendências do mercado nacional de veículos durante os tempos de pandemia do coronavírus.

O cenário do último mês foi diferente ao do último estudo feito pela empresa e divulgado em primeira mão por QUATRO RODAS, que apontava os seminovos como maiores puxadores da tendência de alta durante os primeiros 45 dias de pandemia.

De acordo com o levantamento mais recente, durante o mês de maio os carros novos com ano-modelo 2020 e 2021 ficaram em média 5,15% e 5,32% mais caros no Brasil, respectivamente.

Variação do preço de veículos novos – KBB Brasil
(KBB Brasil/Reprodução)

Além disso, a segunda edição do levantamento aponta que existem estoques de ano-modelo 2018 e 2019 sendo vendidos como zero-quilômetros.

Esses possuem variação menor dos preços (como pode ser visto na tabela acima), tendo em vista que foram produzidos no período pré-crise e, por se tratar de veículos mais antigos, as concessionárias conseguem trabalhar com mais incentivos, bônus e condições especiais para venda de carros, justificando a estabilização dos preços.

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Segundo a Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), o principal fator que tem contribuído para a alta dos preços dos veículos novos é a valorização do dólar frente ao real, que tem afetado diretamente os custos de produção.

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Embora esse fator seja considerado o principal para aumento dos preços, a KBB Brasil indica que a reestruturação das fábricas para a nova realidade de produção e a busca por lucro por unidade vendida – uma vez que não há venda suficiente para ganho em escala – também são fatores que fomentam o encarecimento dos zero-quilômetro.

O estudo indica que a categoria hatchback, líder de vendas no mercado nacional, registrou uma alta média de 1,65% em maio. Entre os segmentos mais vendidos, o de picapes obteve o maior reajuste, com 6,01% de alta, sendo seguida por SUVs (2,42%) e sedãs (2,24%).

Entre as marcas generalistas, a Peugeot foi a que praticou o maior reajuste médio em sua gama de veículos no último mêso: 7,81%. A francesa é seguida por Ford (4,52%), Fiat (4,46%), Chevrolet (2,70%) e Volkswagen (1,89%).

Entre marcas premium, a BMW teve a maior alta, com reajuste médio de 9,50%. Neste nicho, o destaque no caminho oposto vai para a Audi, que registrou queda média de 2,03% nos preços de seus modelos no período.

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Usados

Variação do preço de veículos usados – KBB Brasil
(KBB Brasil/Reprodução)

Para avaliar os números dos usados, o levantamento adotou a faixa de veículos entre três e dez anos de uso, ou seja, foram analisados veículos e versões com ano/modelo entre 2010 e 2017.

Na fração entre 2010 e 2016, a queda média dos valores esteve em 1,66%, mantendo os valores estabilizados em relação ao período pré-pandemia, uma vez que o reajuste de abril quase anula a redução de maio.

O principal caso de desvalorização está no ano/modelo 2017, onde o usado teve reajuste negativo de 2,13% em maio. Embora tenha registrado alta de 0,62% em abril, o valor não foi suficiente para cobrir a queda do último mês como nos outros casos.

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De acordo com o estudo, o motivo da queda dos preços dos usados refere-se a necessidade das lojas em adquirir capital para cumprir com suas obrigações de caixa e quitar as dívidas.

Com isso, os modelos usados que no início da pandemia eram vistos como saída para consumidores cautelosos, tornaram-se bens de liquidez para as revendedoras.

Além disso, outros dois fatores estão alinhados à perda de capital das revendas. Um deles é o aumento da inadimplência de financiamento de veículos, que, segundo o Banco do Brasil, terminou em 4,1% em abril.

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O outro é a queda pela metade da oferta de crédito destinada ao setor automotivo, que passou de R$ 8,64 bilhões em março para 4,26 bilhões em abril.

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(Fernando Pires/Quatro Rodas)
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