Brasil pode adotar novo sistema para indicar que motorista fará baliza
Sistema Set-Stop aciona a seta e o freio de maneira intermitente, permitindo assim que os outros condutores deixem a má educação de lado
Você já deve ter se frustrado ao tentar estacionar o seu carro em uma via — uma situação em que algum outro motorista pode avançar e não abrir espaço para completar a sua manobra. Para evitar isso, o brasileiro Vagner Bento de Souza inventou uma tecnologia que pode evitar esse tipo de “aperto”.
Batizado de Set-Stop, o sistema sinaliza a intenção de manobra de uma forma relativamente simples: acionando a seta e a luz de freio intermitentemente e evitando, em teoria, que os outros motoristas avancem sobre o espaço necessário para encaixar o seu carro na vaga.
É uma maneira de dispensar os avisos com a mão ou com seta, um tipo de sinalização muito usado e, no entanto, nem sempre eficaz. O mecanismo também evitaria um efeito colateral muito comum: ter que desistir da vaga, dar uma volta no quarteirão e, depois disso, torcer para que ela ainda esteja lá. Um ato de fé que nem sempre é recompensado.
“Acredito que todos nós, uma vez ou outra, já vivemos uma situação dessas e a gente sabe o quanto esse momento pode ser estressante”, conta Vagner. Está certo que seria necessário algum esforço de padronização para que outros motoristas entendam a mensagem do sistema, mas não deixa de ser uma opção menos estressante. Uma boa saída para aumentar o grau de compreensão e a gentileza no trânsito.
“Estamos cientes que o sucesso do Set-Stop depende da população entender, aceitar e adotar o novo mecanismo. Vai ser necessário educar os milhões de motoristas Brasil afora. Mas, assim como os brasileiros adotaram de forma natural e permanente o uso do cinto de segurança, por exemplo, acreditamos que haverá grande aceitação à nova sinalização, que visa única e exclusivamente facilitar a vida de todos no trânsito”, explica Ricardo Giovanelli, do marketing da empresa.
O empresário patenteou a invenção e as maneiras de acionamento do dispositivo. O protótipo já está pronto e será apresentado às montadoras no início do ano que vem. Se o dispositivo foi adquirido por algum fabricante, não há estimativa do custo, tampouco se as marcas vão repassar o valor para o consumidor final. Caso isso aconteça, Souza será pago com royalties.