Os governos de Brasil e Colômbia firmaram um acordo nesta semana que prevê a isenção das tarifas de importação de veículos entre os dois países. O início da validade da medida estava combinado para 2018, mas os dois presidentes acertaram a antecipação desse prazo para 2016, com a progressão gradual num período de três anos.
Assim, no ano que vem, a tarifa zero para importações entre Brasil e Colômbia valerá para um limite de 12 mil veículos. Este teto será de 25 mil veículos em 2017 e, em 2018, chegará a 50 mil veículos. A duração total do acordo será de oito anos – de 2019 em diante, sempre com teto de 50 mil carros. Caso esse limite não seja atingido, a “sobra” poderá ser adicionada ao teto do ano seguinte.
O objetivo dos dois países é ampliar a parceira comercial, tendo em vista que o Brasil é a maior economia do continente, e a Colômbia, a terceira – e, mesmo assim, apenas a sétima parceira comercial brasileira na região. No que diz respeito especificamente ao mercado automotivo, até aqui, os veículos brasileiros vendidos ao mercado colombiano são taxados em 16%.
Atualmente, o mercado colombiano tem pouco mais de 300 mil veículos vendidos ao ano (exatos 328.529 exemplares em 2014). A produção nacional é limitada, com destaque para General Motors e Renault. A marca francesa produz o Duster em sua planta na Colômbia. No caso da Chevrolet, uma opção diferente para o mercado brasileiro seria o Sail, que foi o modelo mais vendido no país no ano passado e poderia ser, futuramente, uma nova opção de entrada por aqui – apesar de sua origem ser chinesa, o carro é montado na Colômbia, com carrocerias sedã e hatch.
Curiosamente, a Mazda tinha uma planta funcional no país até poucos meses atrás, mas as atividades foram encerradas, e a marca japonesa, ausente do Brasil há 15 anos, passou a vender seus veículos na Colômbia apenas via importação.
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